Até a decada de 1990, o mundo estava em alerta durante a Guerra Fria, um conflito entre a União Soviética e os Estados Unidos. Quem acompanhou sabe como era: uma disputa de influências sem confronto direto entre as potências.

No futebol brasileiro, temos uma versão tupiniquim desse embate político: Palmeiras x Botafogo. A rivalidade entre os clubes alcançou seu ápice com polêmicas em 2023.
No returno da Série A, o Botafogo perdeu por 4 a 3 de virada em um jogo marcado pela expulsão polêmica do zagueiro Adryelson, da equipe carioca.
Após a derrota, John Textor criticou a CBF e pediu a renúncia do presidente Ednaldo Rodrigues, acusando a arbitragem de corrupção.
O dono da SAF do Botafogo afirmou ter provas de intervenção a favor do Palmeiras nas últimas temporadas, prometendo defender a honra do time carioca que perdeu o título na reta final da competição.

Em resposta, Leila Pereira chamou o norte-americano de “desequilibrado”. Isso resultou em uma disputa judicial, com a presidente do Verdão processando Textor por declarações difamatórias, enquanto ele contratou um ex-promotor da Fifagate para processá-la nos EUA.
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É nesse clima que, nesta quarta-feira (17), as duas equipes se enfrentam valendo a liderança da Série A. E a tensão não termina por aí: as equipes ainda se encontrarão nas oitavas da Libertadores.
Com tantos jogos importantes pela frente, nem Mikhail Gorbachev conseguiria trazer paz para essa “Guerra Fria” entre os clubes.