Com muita cautela, o Figueirense irá ao mercado em busca de reforços – que devem ampliar a folha salarial de R$ 400 mil para R$ 600 mil já para a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro.
Ainda, o clube – através do CEO Enrico Ambrogini, deverá se mobilizar ao longo do ano para tecer mudanças na própria estrutura do Furacão.
A garantia é do diretor executivo do clube, Marco Aurélio Cunha, que concedeu entrevista coletiva na sala de imprensa do estádio Orlando Scarpelli nesta sexta-feira (1).

“Se você não tiver recurso, não faz nada. E a gente tem concorrência. Hoje estou vendo o belo trabalho do Barra, esse time vai ser concorrente nosso em algum momento. Marcílio está em outra série, mas é concorrente nosso, está no mercado e temos que respeitar. Esses times também estão pegando jogadores bons e da nossa faixa financeira”, disse.
Essa filosofia tem como escopo colocar o Figueirense entre os oito primeiros na Série C – “se der um avanço enorme, subir”. Para isso, Marco Aurélio afirma que estaria em contato com a Clave para ampliar o investimento no futebol do Figueira de forma a manter uma equipe competitiva para o restante do ano.
“Tem time pagando R$ 100 mil de salário, eu não posso pagar isso porque tenho responsabilidade futura com o Figueirense. Alguém vai ter que ficar no meu lugar um dia e tenho que preparar bem para esse alguém não pegar terra arrasada”.
Assim, o CEO da SAF, Enrico Ambrogini, estaria buscando novos investimentos estruturais – no serviço interno do Scarpelli, para captar mais recursos ao Furacão.
“Temos que investir no CT, faltam mais funcionários, melhorar os campos, quem sabe ter um alojamento, uma sala de reunião para o treinador, melhorar a parte de analista de desempenho e dar recurso para eles trabalharem. Entrando mais dinheiro podemos ajudar com mais funcionários, a nutricionista trabalha sozinha e precisamos de mais gente. Vamos construindo um clube de novo, com mais gente trabalhando”, finaliza.

Figueirense no mercado 6d2625
Segundo o dirigente, as novas contratações serão pontuais – uma vez que a equipe demonstrou solidez durante a primeira fase do Catarinense. Segundo MAC, a partida “perdida de verdade” teria sido diante do Criciúma, na primeira rodada, e o Figueirense teria demonstrado clara evolução desde então.
Tais peças partiriam inicialmente de um “grande leque” de observações – do qual atletas seriam filtrados a partir do encaixe na filosofia do clube, do treinador e da equipe em si.
“Vai ter muita gente especulada, que fomos perguntar como está o fulano. Vamos filtrando para achar dois, três que sirvam pra gente. Não podemos errar para não comprometer as finanças do clube”, diz.
Dois desses nomes chegaram recentemente no estreito – Jefinho, com rodagem, e o menino Henrique Rodrigues, que vive a expectativa de estrear no profissional do Figueirense.
Para Marco Aurélio, o rapaz é apenas elogios.
“A gente sabia que era um menino equilibrado, multifunções, muito competente fisicamente, tem drible. Valeu a pena. Agora, é problema do Burse, ele vai achar o melhor lugar pra ele. No meio, o cara tem que fazer mais de uma função. Foi uma boa escolha, acho que vai se sair bem aqui”.