O Marcílio Dias deverá embolsar o valor integral recebido pela participação na Copa do Brasil 2024. Quem garante é o presidente do Marinheiro, Tarcísio Guedim. Na primeira fase, o clube deve receber R$ 750 mil – valor que bota em dia pendências que se arrastam há algum tempo.

Neste ano, o clube recebeu R$ 1,6 milhão em premiações. Destes, R$ 750 mil foram pela participação na primeira fase e mais R$ 900 mil pela segunda. Todo o montante foi engolido por descontos, bloqueios judiciais e premiações – restando, ainda, uma dívida de R$ 105 mil com os jogadores.
No ano que vem, entretanto, a história será diferente. Segundo Guedim, o Marcílio Dias já rabisca em que o dinheiro será investido – e traça prioridades para quitação da dívida restante.
“Para esse ano, dificilmente terá bloqueio. Quase 90% das ações estão negociadas ou quitadas. Então acreditamos que esse dinheiro não será bloqueado. O valor do prêmio vamos pagar a premiação dos atletas e pagar o restante das premiações que não foram pagas aos atletas que conquistaram essa vaga na Copa do Brasil de 2023. Então vamos fazer o pagamento destes que aguardaram até agora”, disse o presidente.
Do valor recebido em 2023, foi descontado 5% do INSS, 5% para a Federação Catarinense de Futebol (FCF) e mais 5% para Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol. Com os descontos, o Marinheiro ficaria com R$ 1,4 milhão. No entanto, dois bloqueios judiciais ‘paparam’ os valores antes mesmo que chegassem aos cofres da instituição.
Entenda os bloqueios ao Marcílio Dias 86z1s
Uma das ações é da Justiça do Rio Grande do Sul, movida pelo ex-técnico Guilherme Macuglia. Nela, o Marcílio teve R$ 641.250 mil bloqueados, relativos à premiação da primeira fase, e mais R$ R$ 65,8 mil relativos à premiação da segunda.
Outra é mais antiga, datada de 2006. Na ocasião, o torcedor do ville Rafael Cesar Bueno – que move a ação, foi baleado dentro do Gigantão das Avenidas após partida entre Marcílio Dias e JEC pelo Campeonato Catarinense de 2005.

Pelo episódio, tanto o Marcílio Dias quanto a Federação tiveram que pagar indenização de R$ 1,1 milhão – R$ 579 mil do Marinheiro e o restante da FCF.
O que sobrou foi partilhado pelo clube aos jogadores e comissão técnica pela conquista da Copa SC do ano ado.
Clube se prepara para 2024 3wj31
Com a parte financeira um pouco mais tranquila, o Marcílio Dias se concentra em retornar ao futebol nacional em 2025. Parte disso – se não parte integral, a pela estrutura e pelo plantel à disposição de Waguinho Dias.
O Marinheiro assinou, em novembro, um termo de permissão para uso vitalício de um terreno que, até então, era da Prefeitura de Itajaí. Nele, será construído o primeiro Centro de Treinamentos e Formação de Atletas do clube.
O espaço terá quatro campos, 68 mil metros quadrados e deverá ser utilizado a partir de março – o que obriga o clube a buscar alternativas no início do Campeonato Catarinense.
“Em relação à estrutura e ao futebol para retornar ao cenário nacional, a gente recebeu aquele terreno para o CT. Mas para começar a fazer um projeto em cima dele, tem que terminar a terraplanagem, que deve ser para o final de março. Para esse Catarinense, estamos em parceria com três campos aqui da cidade para fazer a pré-temporada e, consequentemente, um bom início de temporada para conseguir a vaga à Série D”, diz Guedim.

Ainda, o elenco que treinará na estrutura, diz o presidente, está montado. Segundo ele, o esqueleto será composto pelos jogadores que conquistaram a Copa SC – enquanto o restante já foi contratado para composição.
Para a próxima temporada, o Marcílio Dias já anunciou o retorno do goleiro Belliato e a contratação de Erivelton; além do lateral-esquerdo Rafael Carioca, os zagueiros Renan Dutra e Vinícius Milani; os volantes Matheus Neris e Marquinhos, que já teve agem pelo clube, e os atacantes Wendel Alex e William Henrique.
“Para isso, mantivemos a base da Copa SC. Já temos mais de 90% dos restantes contratados, já estão no clube. Acreditamos que o time já está completo para a pré-temporada para buscar essa vaga para 2025”.