A Fúria Marcilista, torcida organizada do Marcílio Dias, está proibida de frequentar competições em estádios e ginásios por quatro meses. A decisão foi tomada em reunião conduzida pela 29ª Promotoria de Justiça da Capital com a Federação Catarinense de Futebol e a Polícia Militar na tarde desta sexta-feira (14).

A decisão acontece em razão de “seguidos episódios de violência envolvendo os integrantes”. A proibição é válida do dia 15 de agosto até 15 de dezembro de 2023.
A proibição é válida para qualquer modalidade (profissional, não profissional e amistosa) e os integrantes estão proibidos de entrar nos locais portando vestuários, bandeiras, faixas e quaisquer outros instrumentos com referência aos símbolos do grupo.
De acordo com o MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina), o impedimento considerou o registro de conflitos com envolvimento da torcida organizada nos jogos contra o Avaí, no dia 21 de janeiro, e Camboriú, no dia 5 de fevereiro, ambos no estádio Dr. Hercílio Luz, em Itajaí pelo Campeonato Catarinense.
Nos registros encaminhados pela Polícia Militar, diversos integrantes da torcida organizada “ocasionaram tumulto, atiraram pedras e pedaços de tijolos em direção a torcida adversária e ao Poder Público e quebraram o muro da arquibancada”.
Promotor justifica a decisão 6e293a
Para o Promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto, titular da 29ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, a grande preocupação da Promotoria é o enfrentamento da violência dentro e fora dos estádios.
“Por isso, o constante monitoramento desses locais e a tomada de medidas preventivas em conjunto com outros órgãos da área é tão importante para combater o problema”, sustenta.

Participaram da reunião com a Promotoria de Justiça, Rubens Renato Angelotti, da Federação Catarinense de Futebol, Carlos Augusto Sell Júnior, da Comissão Permanente de Futebol da Polícia Militar de Santa Catarina, e o Promotor de Justiça Leonardo Cazonatti Marcinko, Coordenador do Centro de Apoio Operacional do Consumidor do MP-SC.