
Tô falando de Pelé e Garrincha, do Santos e do Botafogo. E, consequentemente, da nossa Seleção Brasileira onde os dois até hoje ainda são considerados suas maiores estrelas. Tive a felicidade de vê-los jogar, tanto na seleção, como nos seus clubes, inclusive um contra o outro.
Pela seleção com o meu pai nas eliminatórias para a Copa de 70, em Assunção, contra o Paraguai; e até no Campo da Liga, contra o Avaí. E o jogo da minha vida, Botafogo x Santos, no Maracanã, com Pelé e Garrincha em campo. Não cabia mais ninguém no estádio. Era impossível ser botafoguense e torcer contra o Santos. Torcia por Pelé, pelo seu timaço, o Santos, que vivia pelo mundo encantando as pessoas, e por dois conterrâneos que jogaram com ele, Mengálvio e Oberdan Vilain.
Mesmo que no momento de sua despedida, é impossível falar com Pelé sem sentir alegria. Alegria pelo que fez, o que nos deu e como viveu. E é disso, do seu currículo, que a imprensa mundial se ocupará nesta virada de ano. Morte da Rainha Elizabeth no Reino Unido e do Rei Pelé no Brasil. O resto já está em segundo plano.