Pedro Lucas falou pela primeira vez após deixar o Figueirense – Foto: Reprodução/InstagramPouco mais de uma semana após deixar o Figueirense, o centroavante Pedro Lucas falou com exclusividade à reportagem do nd+ nesta quinta-feira (17).
Após a breve agem pelo Furacão o jogador confirmou que pediu o desligamento do clube após a invasão ao treinamento e tentativa de agressão a jogadores e comissão técnica no início de setembro. O atacante entrou em campo 18 vezes na temporada e marcou três gols.
Segundo o jogador, a decisão de desligamento foi conversada com a família e que não teria ficado feliz pela maneira que saiu. Ele falou ainda sobre o ambiente “um pouco tumultuado” e desejou sorte aos companheiros na continuidade da Série B.
Pedro ainda elogiou o trabalho de Márcio Coelho e disse “ter aprendido muito” com o antigo treinador.
Confira a entrevista completa:
Pedro, o Figueirense alega que você havia pedido para sair antes mesmo da confusão onde vandalos invadiram o treinamento. O que te levou a querer sair do Figueirense antes do fim do contrato?
Saí pelo ocorrido naquele dia, quando teve a invasão do treinamento. Meu contrato era até o fim do Catarinense, decidi renovar, porque gostava do ambiente, do clube, via como uma boa oportunidade. No entanto, após a invasão não tive decidi juntamente com a minha família que era o melhor caminho a se tomar.
Seguindo nessa linha, como você vê o ambiente do clube após os incidentes? Você acredita que haja mais saídas?
Acredito que o ambiente esteja um pouco tumultuado o que é natural, por toda a situação que foi criada, mas torço para que as coisas se acertem e melhorem, porque o grupo merece muito. Não posso comentar sobre os outros atletas e decisões.
Em seu Instagram vários jogadores do clube deixaram mensagens positivas na sua saída. Você chegou a conversar com outros atletas antes da tomada de decisão?
Tomei a decisão porque achei que era o certo a fazer, conversei com alguns outros jogadores depois da minha decisão, explicando os motivos e eles entenderam muito bem. Fique feliz com o apoio deles, porque não podemos aceitar como uma situação normal. Fiz grandes amigos ali e não gostaria que minha agem terminasse dessa forma. Confesso que não fiquei feliz com a forma que sai, mas enfim, fico na torcida pelo clube.
O que você acha que não deu certo no trabalho do Márcio Coelho? Apesar dos bons resultados antes da parada pela Covid-19, o clube não conseguiu seguir no eixo após o retorno do futebol.
O Márcio e a comissão, junto com o grupo fizeram um grande trabalho antes da parada. Infelizmente no retorno não obtivemos o resultado positivo, mas o Márcio é um grande treinador, tem um futuro muito promissor, aprendi muito com ele, e desejo muita sorte nos futuros trabalhos dele.
Houve problemas internos para essa queda rendimento após o retorno do futebol? Como atrasos salariais, por exemplo?
Problemas todos os clubes enfrentam. Com essa pandemia, todos, até mesmo fora do futebol aram e am por dificuldades. E isso não foi problema para o grupo. Diante de todas dificuldades do ano ado, o clube não teve uma grande arrancada e conseguiu se manter na série B? Então acredito que isso não tem a ver com a queda de rendimento. Em algumas partidas até fizemos bons jogos, mas a bola não entrava. Faltou um pouco de sorte também.
Pedro Lucas marcou três gols em 18 partidas pelo Furacão – Foto: Patrick Floriani/FFC/divulgaçãoApesar de pouco tempo juntos, como você avalia o trabalho do Elano? Acredita que ele tenha condições de tirar o Figueirense da delicada situação?
O Elano está fazendo um baita trabalho, gostei muito de ser treinado por ele. Foi um grande jogador e tem mostrado um treinador muito promissor. Infelizmente tivemos pouco tempo juntos, mas sei que o grupo de jogadores é muito qualificado e sei que eles podem sair dessa situação e eu estarei torcendo para eles.
