“Era o que tinha que marcar”, diz diretor de arbitragem da FCF sobre pênalti para o Avaí 1w1p5

O pênalti mais discutido dos últimos tempos em Santa Catarina foi bem marcado, conforme explicação dada por Kléber Lúcio Gil ao ND Mais. O diretor de arbitragem da Federação Catarinense de Futebol conversou com a reportagem e explicou que Gustavo Ervino Bauermann tomou a decisão correta após análise do VAR.

Gil disse que foram ouvidas opiniões, de forma informal, de membros ligados à arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que também referendaram o que foi marcado dentro de campo e que resultou no empate do Avaí diante da Chapecoense.

“A gente toma bastante cuidado para tomar essa decisão, conversamos com a CBF e com alguns instrutores, e o entendimento é que o que está na imagem era o que tinha que marcar. No lance do penal teve toda a revisão, a questão de detalhes, e se o VAR não observar detalhes e não transcrever a jogada como ela é vão porque o por que de não usar o VAR. A função deles é achar os detalhes e tomar a decisão. Surgiram novas imagens que justificaram a decisão tomada”.

Kléber Lúcio Gil, que foi assistente da Fifa por muitos anos, também comentou sobre a dificuldade de apitar uma final de Campeonato Catarinense. Foi a primeira vez que Gustavo Bauermann esteve nessa posição e a avaliação é positiva.

“Um jogo difícil, final de campeonato sempre é difícil, todo mundo quer ganhar o jogo, mas em geral o árbitro conseguiu ter um bom desempenho. Nos lances mais capitais teve a questão do VAR para poder ajudar, num jogo como esse o mais complicado é a questão disciplinar. Conduzir uma partida nesse nível é preciso ter controle emocional e ele tentou fazer naquele momento era não estragar o jogo. A gente ainda não teve reunião com a equipe de arbitragem, já separamos alguns vídeos, a gente deve pontuar algumas decisões”.

Conversa do diretor com o árbitro 16m46

Bauermann foi ouvido por Kléber Lúcio Gil, até para saber como ele estava se sentindo após a partida e toda a repercussão gerada na decisão. Segundo o diretor de arbitragem da FCF, o árbitro da final teve que acionar a polícia diante de tantas ameaças e que está mais tranquilo justamente porque a avaliação é de que não houve erro na partida.

“Ele está bastante receoso, teve ameaças com a família e situações inconvenientes. A polícia teve que agir para oferecer segurança para a família dele. O que deixou ele mais tranquilo é que todas as imagens que estão circulando mostrando o que aconteceu, a comissão nacional referendando a decisão tomada e o que tranquiliza o árbitro é saber que ele pode fazer o seu melhor e o que ele tomou de decisão foi o mais correto”.