A final que consagrou o Criciúma campeão Catarinense em cima do Brusque teve 18.593 torcedores dentro do Heriberto Hülse, mas também teve muita gente de fora por motivos diversos.

Seja por trabalho, a escala caiu bem no dia da decisão, a suspensão de novos sócios e o valor dos ingressos, torcedores acompanharam a final por outro ângulo fora dos muros do estádio.
Em um telão colocado no pátio, os torcedores se juntaram para comemorar antes e ver o gol depois. O petardo de Meritão ecoou primeiro no estádio e só depois da tela, mas a alegria já estava confirmada.
“Quando o grito vem de lá a gente já sabe que saiu o gol. Aqui você tem que ter a carteirinha, se for depender de comprar o ingresso, que não é barato, é difícil de entrar”, conta o instalador Ricardo Lima, 38, morador de Orleans.
Tão perto e tão longe. Teve torcedor apaixonado que ficou a 50 metros da catraca por necessidade. Era o dia de trabalho.
“Trabalho no esquema 12 por 36, então quando cai na escala não importa de é Natal, ano novo, tem que trabalhar. Quando sai o gol a gente escuta primeiro e depois vê na TV”, disse o frentista Marcos Aurélio, 52 anos, que foi em jogos no Catarinense e está ansioso pela Série A.

Já Carlos Alberto Machado, 39, pilotava a churrasqueira do Espetinho do Beto quando a última fresta para ver o gramado do Heriberto Hülse se fechou. Não deu pra ver o jogo, só sentir.
“Faz tempo que não vejo um jogo, mas sempre na torcida pelo Tigre. Estou há sete anos com o carrinho. Pra nós não tem do que reclamar, casa cheia e a Série A vai ser melhor ainda”.
