O cenário parecia perfeito, estádio lotado, recorde de público no ano e um resultado parcial de 2×0. Parecia que os ventos finalmente começariam a soprar a favor do Figueirense, no Estreito. Mas, em um momento de desatenção, o Furacão cedeu o empate para o Criciúma e terá que ar ao menos mais uma rodada na zona da degola.

Depois de ar 18 rodadas sem vencer, e viver a maior crise de sua história quase centenária, o Figueirense emplaca a 5ª partida consecutiva sem derrota, mas ainda não foi o suficiente para deixar o Z-4. Se o Vitória não vencer a Ponte Preta neste domingo (27), o Furacão do Estreito poderá finalmente deixar o Z-4 na próxima rodada, em confronto direto contra a equipe baiana.
Apesar do empate com sabor de derrota, o torcedor do Figueirense tem alguns motivos para sorrir. Depois de atrasos de salários, uma derrota por WO, saída da Elephant e 18 jogos de jejum, sonhar com a permanência na Série B já é motivo de comemoração para o torcedor.
O jogo 6w6n3y
O primeiro tempo não apresentou grandes emoções, refletindo o atual momento das duas equipes na tabela. Ambas estão na zona de rebaixamento.
O Figueirense começou o jogo melhor e buscando mais o jogo. Tocava a bola sem dar chances ao Criciúma, mas também sem ameaçar o gol do goleiro Luiz.
Aos poucos o Criciúma foi encaixando seu jogo, mas também sem oferecer muito perigo ao goleiro do Figueirense, Pegorari. O Tigre tocava a bola melhor do que o Figueirense, mas encontrava dificuldades para acertar o último e e furar o bloqueio do Furacão.
O primeiro tempo se encaminhava para um 0x0 insosso e sem emoções, mas o melhor estava guardado para o final.
Depois de 45 minutos sem chances claras de gol, Jefferson Renan recebeu pela direita e fez boa jogada. O ponta tocou para Rafael Marques, que dentro da área dominou e fez o pivô bpara Fellipe Mateus que chegou batendo, da entrada da área. A bola morreu no canto direito gol, sem chances para o goleiro Luiz.
Golaço do Figueirense para encerrar um sonolento 1º tempo no Orlando Scarpelli.
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O segundo tempo começou na mesma toada da etapa inicial. O Criciúma tentava ir para cima, trocava alguns es, mas esbarrava na falta de criatividade. O Figueirense, por outro lado, não criava muito e nem ficava com a bola, mas quando chegava, aproveitava as poucas chances.
Foi assim que rafael Marques, logo aos 5 minutos, ampliou o placar depois de jogada de Breno que o goleiro Luiz rebateu. 2×0 no clássico estadual, festa nas arquibancadas e saída momentânea da zona de rebaixamento.
Depois do gol, o jogo seguia sem muitas emoções. Os time pecavam na falta de criatividade. Em dado momento, o Figueirense parecia mais próximo do terceiro gol do que o Criciúma do primeiro. Jefferson Renan fez uma linda jogada e acertou a trave do goleiro Luiz.
Mas, o castigo por não aproveitar a chance chegou para o Furacão do Estreito. Em jogo sem muita emoção e nem criatividade, o placar de 2×0 era até um pouco exagerado.

Foi aí que Léo Gamalho resolveu entrar em cena para fazer justiça. Em um lance de sorte, em que a bola desviou na zaga e matou o goleiro Pegorari, e em outro de puro oportunismo, o experiente atacante do Tigre empatou o jogo. Clima de tristeza no Orlando Scarpelli e 2×2 no placar. Resultado ruim para ambas as equipes, que não mudam de posição e seguem na zona de rebaixamento.
Léo Gamalho, para completar sua tarde como grande personagem do clássico, ainda foi expulso depois de empatar a partida. O árbitro advertiu o atacante com o segundo cartão amarelo depois de comemorar o gol no alambrado.
O empate veio tarde, aos 44 minutos, e o Figueirense ainda tentou ensaiar uma pressão para diminuir o prejuízo. Foi em vão, o jogo terminou mesmo com um empate amargo e, apesar de completar cinco jogos sem perder, o Figueirense permanece na zona de rebaixamento.
Próxima parada 2h93p
O Figueirense volta a campo no sábado (2), quando visita o Vitória no estádio Barradão em briga direta contra o rebaixamento. Já o Criciúma busca melhorar sua situação em casa, também no sábado, quando recebe o lanterna São Bento no estádio Heriberto Hülse.
Ficha técnica: 73b55
Figueirense (2): Pegorari; Luis Ricardo, Alemão, Ruan Renato, Conrado; Patrick, Betinho (Pereira), Fellipe Mateus (Tony); Jefferson Renan, Breno e Rafael Marques (Yuri Mamute). Técnico: Pintado
Criciúma (2): Luiz; Jean Mangabeira, Thales, Derlan, Marlon; Wesley, Fuinho, Reis (Julimar); Reinaldo (Daniel Costa), Léo Gamalho e Vinicius). Técnico: Roberto Cavalo
Cartões amarelos: Ruan Renato e Alemão (FIG); Derlan, Foguinho e Léo Gamalho (CRI)
Cartão vermelho: Léo Gamalho (CRI)
Arbitragem: Felipe Fernandes de Lima (MG); auxiliado por Felipe Alan Costa de Oliveira (MG) e Sidmar dos Santos Meurer (MG)
Público: 15.159 pessoas
Renda: R$252.900,00