
Dois anos e meio após a morte do “Rei do Futebol”, a mansão de Pelé se encontra abandonada em Guarujá, São Paulo. A propriedade era avaliada em R$ 18 milhões, porém, a deterioração desvalorizou o imóvel.
Vidros quebrados, piscinas repletas de limo e quadras esportivas tomadas pelo mato. Nas imagens inéditas do Domingo Espetacular, não parece o mesmo local que foi o lar de Pelé durante grande parte de sua vida.
O ídolo do futebol se mudou para o imóvel na praia de Pernambuco, no Guarujá, na década de 1980. A propriedade de luxo tem 4 mil metros quadrados, sendo 2 mil de área construída.
Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé, morreu em 29 de dezembro de 2022, aos 82 anos. Ele já não morava na mansão havia uma década. Após a morte, todos os funcionários foram dispensados.
“Por dentro, a casa era linda. Era tudo lido, porque era ele que tomava conta”, lembra Gilson José da Silva, ex-caseiro. “Quando a gente entra, dá vontade de chorar”.
Fábio Duva, consultor imobiliário e perito judicial, estima que a mansão de Pelé já desvalorizou pelo menos R$ 3 milhões com a falta de manutenção.
“O mato vai tomando conta. E planta não é só a parte aérea, tem a raiz, que já deve ter rachado a quadra de tênis, a piscina pode estar com infiltração”, avalia.

A viúva Márcia Aoki decidiu deixar a mansão de Pelé em agosto de 2024. Ela entregou as chaves do imóvel para Edinho, um dos filhos do jogador, inventariante do espólio estimado em R$ 80 milhões.
“O inventariante tem a obrigação de istrar os bens da melhor forma possível, inclusive para preservá-los”, explica o advogado Pedro Vianna do Rego Bastos.
Em nota ao Domingo Espetacular, a defesa de Edinho negou que a mansão de Pelé esteja abandonada e declarou que, como um dos bens do espólio, o imóvel integra uma ordem de planejamento definida.