Jogos Paralímpicos: conheça os catarinenses que vão competir em Paris 2024

Os Jogos Paralímpicos começam nesta quarta-feira (28), em Paris; ao todo, são 10 paratletas de Santa Catarina que estão na capital sa para a competição

A emoção olímpica volta a tomar conta dos amantes de esportes a partir desta quinta-feira (28). Isso porque as Paraolimpíadas 2024 começam e se estendem até 7 de setembro. O Brasil será representado por 280 paratletas, onde 10 são de Santa Catarina.

Torre Eiffel, principal ponto de Paris Conheça os catarinenses que vão disputar os Jogos Paralímpicos – Foto: B/Reprodução/ND

A cidade catarinense com mais representantes é ville, com três atletas. Blumenau, Criciúma, Florianópolis, Brusque, Tijucas, Capivari de Baixo e São Bento do Sul completam a lista com um paratleta.

Conheça os catarinenses que vão competir nos Jogos Paralímpicos 2024

Suzana Nahirnei – Blumenau

Competindo por Blumenau, Suzana, de 29 anos, é a primeira blumenauense a competir as Paraolimpíadas. Nahirnei garantiu a vaga devido a importantes resultados registrados nas competições deste ano. A paratleta despontou a terceira melhor marca do mundo no arremesso de peso da classe F46 e estabeleceu um novo recorde brasileiro ao alcançar a marca de 11,77 metros.

O esporte sempre fez parte da vida de Suzana que, quando criança, participava de diversas modalidades na escola. Sua primeira medalha foi conquistada em uma competição escolar, em 2008, no arremesso de peso.

Ela conheceu a modalidade paralímpica aos 17 anos, quando começou a praticar na Abludef (Associação Blumenauense de Deficientes Físicos) e logo depois foi para a Apesblu (Associação de Paradesporto de Blumenau).

Competindo por Blumenau, Suzana, de 29 anos, é a primeira blumenauense a competir as ParaolimpíadasSuzana Nahirnei fez história ao conquistar vaga nos Jogos Paralímpicos – Foto: Reprodução ND

Matheus Rheine – Brusque

Catarinense e natural de Brusque, Matheus tem 32 anos e compete na modalidade da natação, na classe S11, destinada para nadadores com visão muito baixa ou ausência. Ele já conquistou uma medalha de bronze nos 400 metros livres nos jogos Paralímpicos de 2026, no Rio.

Matheus é um guerreiro desde cedo. Ele nasceu prematuro, com 6 meses e meio. Na incubadora, a falta de oxigenação causou um problema na retina, conhecida como Retinopatia da Prematuridade, o que causou a deficiência visual.

Ele se encontrou no esporte e em 2009, foi chamado para a primeira competição internacional de jovens, nos Estados Unidos e desde lá, não parou ter resultados expressivos em sua modalidade.

Catarinense e natural de Brusque, Matheus tem 32 anos e compete na modalidade da natação, na classe S11Ele compete na natação – Foto: B/Reprodução/ND

Bruna Alexandre – Criciúma

Natural de Criciúma, Bruna Alexandre se tornou a primeira catarinense a disputar, tanto os jogos Paralímpicos, quanto as Olimpíadas. Ela competiu pelo Tênis de Mesa em julho, por equipes.

Nas Paraolimpíadas, ela tem muita história. Ao todo, são quatro medalhas paralímpicas, sendo uma de prata e três de bronze. Em 2024, ela vai competir pelo tênis de mesa feminino simples, por duplas e por equipes e busca mais medalhas.

Bruna precisou amputar o braço direito por conta de uma trombose, provocada por uma injeção mal aplicada. A jovem começou no tênis de mesa aos 12 anos, influenciada pelo irmão. Até 2009, competiu em torneios apenas para atletas sem deficiência.

Natural de Criciúma, Bruna Alexandre se tornou a primeira catarinense a disputar, tanto os jogos Paralímpicos, quanto as OlimpíadasBruna competiu nos jogos olímpicos – Foto: JUNG Yeon-je/AFP/ND

Camila Muller – Biguaçu

A paratleta, natural de Biguaçu, Camila Muller compete representando Florianópolis, no atletismo, na prova dos 400m.

Ela nasceu com uma cicatriz na mácula, a região central da visão, o que causou a deficiência visual. Aos 29 anos, Camila vai em busca de sua medalha nos Jogos Paralímpicos.

Edenilson Roberto Floriani – ville

Ainda no atletismo, Edenilson Floriani, natural de ville, tem 34 anos e compete na prova do arremesso do peso e lançamento de dardo. Um acidente, em 2011, causou uma atrofia no joelho e articulação de quadril do lado esquerdo.

Edenilson é uma das esperanças de medalhas para o Brasil. Isso porque ele é o atual recordista mundial no lançamento de dardo. Ele também busca sua primeira medalha em jogos paralímpicos.

Edenilson Floriani, natural de ville, tem 34 anos e compete na prova do arremesso do peso e lançamento de dardoParatleta Edenilson Floriani conquistou duas medalhas de ouro e uma de prata – Foto: Wander Roberto/B/Divulgação/ND

Talisson Glock – ville

Mais uma esperança de medalha para o Brasil, Talisson tem grande história nos jogos Paralímpicos. Ao todo, ele já ganhou cinco medalhas, sendo uma de ouro, uma de prata e três de bronze.

Ele compete na classe S6, porque aos nove anos, ele foi atropelado por um trem e perdeu o braço e a perna esquerda. Mas não foi isso que o impediu de ser um grande atleta.

Em 2004, ou a se dedicar aos treinos de natação. Em 2008, competiu em alguns torneios e, em 2010, foi chamado para integrar a Seleção Brasileira de natação.

Mais uma esperança de medalha para o Brasil, Talisson tem grande história nos jogos ParalímpicosTalisson Glock conquistou o ouro nos 400m livre S6 do Mundial Paralímpico – Foto: B/Divulgação/ND

Mayara Petzold – ville

Natural de ville, Mayara compete por São Paulo e a natação está presente desde os 4 anos da jovem. Os jogos de Paris serão sua primeira competição paraolímpica.

Ela vai competir nas provas dos 50m livre, 4 x 50m livre, 50m borboleta, 4 x 50 medleys e 100m costas.

Mayara nasceu com uma deficiência similar a nanismo (baixa estatura). Começou a praticar natação por recomendação médica aos quatro anos e conheceu a modalidade paralímpica aos 13 anos.

Mayara compete por São Paulo e a natação está presente desde os 4 anos da jovemMayara tem uma deficiência similiar ao nanismo – Foto: B/Reprodução/ND

Ymanitu Geon da Silva – Tijucas

Tetraplégico desde 2007 após um acidente de carro, Ymanitu Geon da Silva tem 41 anos e compete na modalidade de Tênis em cadeira de Rodas.

Ele é natural de Tijucas e sua carreira tem inúmeros títulos, que ao todo, são 56. Além disso, ele é o único brasileiro a disputar todos os Grand Slams da modalidade, tendo conquistado os vice-campeonatos de duplas em Roland Garros 2022 e no Australian Open 2023.

Tetraplégico desde 2007 após um acidente de carro, Ymanitu Geon da Silva tem 41 anosYmanitu se encontrou no tênis um novo objetivo na vida após um acidente automobilístico – Foto: Anderson Coelho/Arquivo/ND

Danielle Rauen – São Bento do Sul

Natural de São Bento do Sul, Danielle Rauen é mais uma esperança de medalha. Com uma vasta experiência e com três medalhas paralímpicas no currículo, Danielle descobriu, aos quatro anos de idade, que sofre com artrite reumatóide juvenil, uma doença que causa atrofia nos músculos e degenera articulações, e ou a controlar com medicação.

Começou a jogar tênis de mesa na escola, aos nove anos, com pessoas sem deficiência. Em 2013, foi convocada para a Seleção Brasileira pela primeira vez.

Natural de São Bento do Sul, Danielle Rauen é mais uma esperança de medalhaDanielle Rauen é mais uma esperança de medalha – Foto: B/Reprodução/ND

Ezequiel de Souza Corrêa – Capivari de Baixo

Ezequiel de Souza Corrêa, mais conhecido como Zico, de 36 anos, é atleta de halterofilismo.

O atleta nasceu com hemimelia fibular, uma má formação congênita aonde parte do osso fibular [localizado na perna] não existe. Em 2005, ele entrou na musculação para fortalecimento dos membros inferiores e “tomou gosto” pela musculação.

Atleta nasceu com hemimelia fibular – Foto: @ezequielcorreazico/Divulgação/NDAtleta nasceu com hemimelia fibular – Foto: @ezequielcorreazico/Divulgação/ND
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