A Internet revolucionou o mundo a partir dos anos 90 e, após três décadas, é impossível pensar a sociedade moderna sem essa inovação. Seja para entretenimento, política ou desenvolvimento da ciência, se comunicar ou a ser algo muito mais simples com as redes sociais, e, quando falamos de comunicação, falamos de sociedade.
Segundo o Relatório Global Digital 2024, o Brasil é o segundo país em que os usuários am mais tempo nas redes sociais – Foto: iStock/Divulgação/NDLinha do tempo das redes sociais 41e1z
O início 2s4k3q
Tal qual a invenção da computação moderna pelos ingleses se deu na Segunda Guerra Mundial, nos anos 1940, ou a invenção dos satélites artificiais, em 1957, pelos soviéticos, foi por estudos militares que a Internet foi criada nos anos 1960 como uma forma de comunicação entre computadores.
Com isso, em 1979, um espaço chamado Usenet foi criado para que integrantes de uma determinada comunidade científica pudessem compartilhar seus avanços, como se fosse uma revista.
Nove anos depois, veio o IRC, uma forma em que usuários (já logados) pudessem enviar e receber arquivos, além de mensagens de texto, sendo precursores do mIRC (1995) e o ICQ (1996), programas que tinham uma característica de promover conversas por envios de mensagens diretas ou em grupos.
O começo do formato moderno 1p3p2w
O grande salto para o formato das redes sociais que temos hoje foi em 1997 — e a busca pelo amor foi o que nos levou a isso. Alguns programas de anos anteriores já tinham o objetivo de juntar pessoas para encontros, mas o SixDegrees resolveu criar perfis das pessoas que pudessem ser encontrados pelos outros usuários.
Não durou muito, mas foi a inspiração para várias outras que vieram em seguida. Fora do radar do Ocidente, em 2002, a Friendster foi criada unindo milhões de usuários cadastrados, sendo uma febre na Ásia, inspirando as redes do lado de cá do globo e durando até 2015.
A era moderna 5yn1q
Nesta mesma época, começaram a surgir os nomes mais conhecidos do mercado, tanto de comunidades já extintas quanto de algumas que duram até hoje. Em 2003, por exemplo, foi o ano de criação do LinkedIn, rede social profissional mais conhecida atualmente.
Neste mesmo ano, surgiu o MySpace, uma plataforma com perfis personalizáveis, com e para áudios e vídeos e que permitiu o surgimento de grandes artistas da música, como Adele, Calvin Harris e Arctic Monkeys, entre outros.
Sucesso no Brasil, quem surgiu em 2004 foi o Orkut, uma rede baseada em comunidades com interação em murais de conversas. Complementar a isso, já que o Orkut não tinha chat, era usado também MSN Messenger, em que era possível enviar e receber mensagens diretas ou em grupos privados.
Na mesma época, surgiu aquele que transformaria de vez o mundo dos negócios e o paradigma do que é uma rede social: o Facebook. O grande salto de fazer todo esse meio ser rentável foi a partir de 2004. Criado para unir fraternidades de universidades de alta classe dos Estados Unidos, foi aqui que o dinheiro começou a ser um fator importante.
Os nichos e as tendências 6o6e4j
Muitas novas redes sociais surgiram, mas poucas resistiram a essa gigante. O Facebook reunia todas as boas ideias que o mercado oferecia: texto, vídeo, fotos, mensagens diretas, comunidades e um grande “catálogo” de pessoas para as empresas investirem seu tempo e seu dinheiro.
Nesse ponto se destacou quem conseguiu oferecer uma dinâmica diferente para as pessoas. O Twitter (2006), por exemplo, oferecia pouquíssimos caracteres (140 no começo) e interação frenética. Ganhou muita credibilidade ao se tornar um espaço em que gente famosa falava com o mundo. Foi comprada recentemente por Elon Musk e está sob o nome X.
Já o YouTube (2004) surgiu como um site de publicação de vídeos com ótimo e para tal. Seu sucesso foi tanto que o Google comprou a rede por U$ 1,65 bilhão apenas dois anos depois do surgimento.
Outra rompedora de mercado que ofereceu novas dinâmicas foi o Instagram (2010). Uma plataforma específica para fotos que ganhou mercado rapidamente com uma dinâmica simples em que valorizava bastante as imagens e pouco os textos, além do uso das hashtags (algo que já vinha do Twitter). Em dois anos, o Facebook comprou a rede por U$ 1 bilhão.
Com o ar do tempo, o Instagram ou a agregar diversas funções vindas de outros sistemas inovadores que surgiam com força, como os stories do Snapchat (2011) e reels do TikTok (2016).
Enquanto o Snapchat se mantém entre as top dez redes sociais do mundo, mas com menos da metade de usuários do Instagram, o TikTok sobe de forma meteórica buscando desbancar a popularidade de sua concorrente.
A mais popular e mais necessária 2v3d3e
A rede social com mais usuários do mundo é o Facebook, com três bilhões de perfis, seguido pelo YouTube, com 2,4 bilhões. Porém, o número de usuários não significa engajamento e, nisto, as chamadas plataformas de mensagens diretas são as mais necessárias e mais grandiosas.
No Brasil, 98% dos celulares têm o WhatsApp (2009) instalados. No mundo todo são mais de dois bilhões de usuários, o que fez com que o aplicativo fosse comprado pelo Facebook em 2019 por U$ 22 bilhões.
Se somarmos WhatsApp, a chinesa WeChat (2011) e a russa Telegram (2013), as três redes sociais mais famosas deste tipo no mundo, temos mais de quatro bilhões de usuários ativos, mostrando que a necessidade e a praticidade de se comunicar formam uma junção poderosa.
