VÍDEO: Colação de grau inclusiva realiza sonho de estudante em Blumenau

Cerimônia contou com uma surpresa que emocionou o público no Teatro Carlos Gomes

Foi realizada na manhã desta sexta-feira (03) a cerimônia de colação de grau de cerca de 50 formandos da FURB (Universidade Regional de Blumenau). O evento aconteceu no Teatro Carlos Gomes, em Blumenau, no Vale do Itajaí.

Estudante de Psicologia recebeu homenagem ao fazer sua colação de grau – Foto: Mike Martins/FURB/Divulgação/NDEstudante de Psicologia recebeu homenagem ao fazer sua colação de grau – Foto: Mike Martins/FURB/Divulgação/ND

A colação de grau foi realizada para os acadêmicos dos cursos de Psicologia, Odontologia e Educação Física. Professores, convidados e familiares estiveram presentes na cerimônia.

A solenidade foi marcada por momentos emocionantes. Um deles foi o discurso de uma estudante expresso em Libras, a Língua Brasileira de Sinais.

A formanda em psicologia Liliane Soares, de 23 anos, foi a primeira estudante surda do curso a colar grau e expressou em um discurso ao público a relevância deste momento.

“Os intérpretes ajudam muito o surdo e eu sempre tive a presença de pelo menos um deles para me ajudar, em todas as disciplinas. Sinto-me honrada e emocionada neste momento tão importante da minha vida”, disse.

Porém, Liliane não imaginava que a reitora da Universidade, Marcia Sardá Espíndola, fosse fazer a outorga da concessão de seu título de bacharel também na Linguagem Brasileira de Sinais.

O momento foi filmado e publicado nas redes sociais. A reitora também se pronunciou sobre a relevância da inclusão em momentos como este.

“O primeiro advogado surdo colou grau aqui na nossa Universidade. Naquele momento eu já havia sentido o desejo de me preparar para lhe proferir o grau em Libras, mas não aconteceu” relata a reitora.

Porém, quando Marcia recebeu a informação de que havia uma formanda surda em Psicologia, ela tomou a atitude de fazer uma homenagem e ainda treinou com as intérpretes.

“Foi lindo, emocionante e daqui para a frente sempre que eu puder fazer algo para que o estudante se sinta incluído naquele momento, assim eu farei, independentemente da deficiência”, finaliza Marcia.

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