A greve nacional dos professores começou na segunda-feira (15) com adesão de ao menos 21 instituições federais, conforme o Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).

A categoria reivindica o reajuste salarial, a reestruturação da carreira e a recomposição orçamentária das universidades, centros de educação tecnológica e institutos federais.
Os professores pedem o reajuste de 22% nos salários, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06%. A primeira parcela seria para este ano e as outras para 2025 e 2026.
O movimento também exige a revogação de normas aprovadas nos governos Temer (2016–2018) e Bolsonaro (2019–2022), além do reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.

Os trabalhadores rejeitaram na quarta-feira (10) a proposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, apresentada na última Mesa Setorial Permanente de Negociação.
O governo federal manteve a proposta inicial de reajuste salarial zero. As medidas oferecidas aos professores foram:
- o aumento no auxílio-alimentação, de R$ 658 para R$ 1000;
- um reajuste de 51% no valor per capita da Saúde Suplementar, considerando a faixa de idade e renda do servidor;
- um reajuste no valor da assistência pré-escolar de R$ 321,00 para R$ 484,90.
A greve foi deflagrada em reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior do Andes-SN na quarta-feira, com 22 votos favoráveis, 7 contrários e 5 abstenções.
Professores de 21 instituições estão em greve 59466h

Conforme o levantamento do sindicato, ao menos 21 instituições federais aderiram à mobilização nacional dos professores. A greve começou em 15 de abril e deve se estender por tempo indeterminado.
Confira a lista:
- Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – campi Pouso Alegre e Poços de Caldas;
- Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) – campus Rio Grande;
- Universidade Federal do Rio Grande (FURG;
- Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG);
- Instituto Federal do Piauí (IFPI);
- Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB);
- Universidade Federal de Brasília (UnB);
- Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF);
- Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP);
- Universidade Federal de Pelotas (UFPel);
- Universidade Federal de Viçosa (UFV);
- Universidade Federal do Cariri (UFCA);
- Universidade Federal do Ceará (UFC);
- Universidade Federal do Espírito Santo (UFES);
- Universidade Federal do Maranhão (UFMA);
- Universidade Federal do Pará (UFPA);
- Universidade Federal do Paraná (UFPR);
- Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB);
- Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa);
- Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR);
- Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
Outras universidades e institutos federais estão em estado de greve, ou com indicativo de greve sem data de deflagração.
Os professores de Santa Catarina estão em greve? 2j1qr

Na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), os professores rejeitaram a adesão à greve em 6 de abril. A votação eletrônica registrou 582 votos contra a paralisação, 512 a favor e 24 em branco.
Os servidores da universidade, por outro lado, estão em greve desde 11 de março. A mobilização nacional foi convocada pela Fasubra Sindical. A categoria reivindica a recomposição salarial e a reestruturação da carreira.

Já os professores e servidores do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) são representados pela mesma entidade sindical, o Sinasefe. Ambas categorias entraram juntas em greve no dia 8 de abril.
O IFC (Instituto Federal Catarinense) também é associado ao Sinasefe. Os docentes e servidores deflagraram greve em 3 de abril, dia da paralisação nacional.