Professoras recriam personagens e estimulam a leitura e imaginação em Navegantes 613w4v

O estímulo pelo mundo da leitura pode começar com a contação de histórias, aproximando as crianças dos contos e da literatura; saiba como o projeto foi elaborado 1y4d5o

No desejo de transformar ilustração e leitura em algo palpável, profissionais do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Maria das Neves Emílio, em Navegantes, criaram personagens para contar histórias às crianças da Educação Infantil.

Transformar a leitura em algo palpável para os pequenos pode ser um desafio, mas as professoras do CMEI Professora Maria das Neves Emílio encontraram uma solução Transformar a leitura em algo palpável para os pequenos pode ser um desafio, mas as professoras do CMEI Professora Maria das Neves Emílio encontraram uma solução – Foto: Matheus Nunes/Divulgação/its Teens

As professoras Ana Paula da Silva Praça, Aline Paula Pereira, Luciana Aparecida Peres Bernardo, Rosemere Farias da Silva e Josilene Yansan de Jesus, junto com a diretora Débora Schneider, foram as responsáveis por criar o projeto, ideia que surgiu em 2023.

Além de conhecer a trajetória da “Chapeuzinho Vermelho” ou dos “Três Porquinhos”, eles conseguem acompanhar os movimentos e percepções de cada personagem, que podem ser misturados em histórias criadas com as crianças do berçário.

Mais que estimular o gosto pela leitura, é assim que eles vivenciam o aprender de uma forma diferente. “Às vezes, no livro, a bruxa é sempre a má, o lobo também, então é quebrar essas coisas que deixam traumas, dá medo ou assusta. O medo vem com uma fantasia do que é ruim, e ali na história ele não é ruim, ele quer brincar. Acabamos modificando o sentido da história, que ele não é mau de fazer uma coisa ruim, de machucar, de deixar triste”, conta Ana Paula.

Na hora de confeccionar cada boneco, os detalhes, cores e até mesmo o tamanho foram levados em consideração — o intuito era ficar na mesma altura dos pequenos, criando a ideia de proximidade.

Na intenção de  aproximar as turmas, idealizar um ambiente propício para a troca e instigar além das limitações presentes nas páginas das publicações foi essencial. “Sai do livro e a a ser uma realidade, porque as crianças, nessa idade, o diferencial é poder tocar, sentir. Pela faixa etária é mais fácil fazer uma coisa concreta, onde eles têm um contato, não só visual, mas manual, para participar disso. Para eles a história fica até mais interessante”, explica Aline.

Para escolher aquilo que foi produzido em um mês, a durabilidade e a usabilidade foram alguns dos critérios, levando em consideração aquilo que poderia fazer parte da rotina na unidade.

“Nessa faixa etária são os contos literários mais famosos e os personagens também são mais fáceis de identificar”, diz Aline, que comenta a facilidade de incluir os movimentos e até mesmo a dança na interpretação com os personagens de “João e Maria”,  “Chapeuzinho Vermelho”, “Pinóquio” e “Três porquinhos”.

Mais que a participação, a alegria ou a descoberta, o momento é uma oportunidade para ampliar relações e a proximidade com as educadoras.

“Eles acreditam que nós, enquanto adultos, nos transformamos num porquinho, bruxa, fada, que quem está ali é o personagem. Essa é a magia da Educação Infantil, que a gente pode introduzir qualquer coisa para eles, que vão viver esse mundo mágico, e nada melhor do que a história para fazer isso virar realidade”, comenta Ana Paula, que acredita na iniciativa para incentivar o hábito da leitura, como se esse primeiro contato fosse mais um motivo para formar novos leitores.

No caso de quem observa os encontros e participa das histórias, tudo começa na chegada ao CMEI, o ponto de partida para a criação de cada conto. “Quando tem um espaço preparado, aquilo encanta, eles já entram no mundo mágico como se estivessem sendo encantados. Isso é muito importante, faz parte de todo o processo pedagógico. Já começamos desde a entrada mais interativa, atraente, para que se sintam pertencentes a esse universo”, destaca a diretora Débora Schneider, que visualiza na leitura a estimulação da imaginação e criatividade.

Por que contar histórias na Educação Infantil? 2m2u2p

Contar histórias é uma ótima forma de incentivar a leitura, instigando a criatividade e a curiosidade das criançasContar histórias é uma ótima forma de incentivar a leitura, instigando a criatividade e a curiosidade das crianças – Foto: Matheus Nunes/Divulgação/its Teens

Muito antes de diversos canais de desenhos ou dos vídeos na internet, existia uma prática que sempre chamou a atenção dos pequenos e os transportava para o mundo da imaginação e da fantasia: a contação de histórias.

Além de proporcionar a interação e o divertimento, este momento se torna um auxiliar na formação da identidade cultural e no desenvolvimento de habilidades das crianças.

Ao ouvir diferentes narrativas, de maneira lúdica e descontraída, os pequenos estão suscetíveis a lidar com novas descobertas e sentimentos sobre o mundo. Conheça alguns benefícios da prática.

Aprender a lidar com novas emoções: com contato com múltiplas histórias e outros pontos de vista, as crianças podem associar os acontecimentos com as próprias vivências. É possível desenvolver a inteligência emocional, ter novos recursos para lidar com as emoções e aprender a tomar atitudes corretas diante diferentes situações.

O incentivo à leitura: apresentar inúmeros títulos e autores aos pequenos, a curiosidade é provocada, o que os faz ter curiosidades para conhecer as obras de origem e se aprofundar na leitura — hábito que contribui ainda mais na formação dos indivíduos.

Exposição a novas linguagens: ao escutar as interpretações do narrador, as crianças estarão mais próximas a diferentes linguagens e formas de comunicação – como o uso do corpo e sons para agregar na performance. A utilização de palavras desconhecidas também podem fazer com que os ouvintes procurem seus significados e ampliem seu vocabulário.

Desenvolve habilidades cognitivas: englobando desde capacidades socioemocionais até competências intelectuais, durante o momento de contação de histórias os pequenos têm suas habilidades de escuta, concentração e memória desenvolvidas, assim como também a melhora na comunicação e no processo de aprendizagem, ao apresentar aos alunos assuntos relacionados a sala de referência de uma maneira mais fácil e atraente.

Estímulo à criatividade: com narrativas interessantes e que despertam a atenção dos ouvintes, as histórias podem levar as crianças para um universo de fantasia e magia, estimulando a imaginação desde a infância. Os pequenos podem ficar ansiosos para saber qual será o próximo capítulo dos contos e até mesmo tentar adivinhar o que está por vir ou criar uma alternativa para o final, promovendo a própria criatividade.

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