Lidar com emoções pode ser um desafio em todas as idades, principalmente na transição da infância para a adolescência. Com tantos sentimentos novos, é normal que os jovens se sintam confusos sobre suas reações e tenham atitudes, na maioria das vezes, impulsivas.
Para melhorar essa situação e evitar que casos se agravem, uma das alternativas é incentivar o ensino da inteligência emocional desde cedo.

Com os ambientes escolares e familiares mais abertos a conversas sobre saúde mental atualmente, a nova geração tem uma visão mais atenta sobre a importância de procurar um local seguro para desabafar as adversidades que acompanham as mudanças das fases de crescimento.
De acordo com Erikson Kaszubowski, psicólogo clínico da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), durante a agem da infância até a vida adulta, os humanos am por inúmeras alterações de natureza orgânica psicológica — e, com isso, conflitos internos podem acontecer.
“O adolescente é bombardeado por uma série de pensamentos e sentimentos que lhe são estranhos e para os quais ainda dispõe de poucos recursos simbólicos para conseguir dar uma razão controlada”, esclarece o profissional.
O que é a inteligência emocional? 6t2v4b
Para adquirir novas ferramentas que possam auxiliar no gerenciamento destes sentimentos, o incentivo de desenvolver a inteligência emocional entra em ação.
A psicologia explica que com esta habilidade é possível identificar e operar as emoções pessoais e terceiras de forma mais prudente. Sabe aquele dia em que você está desanimado para estudar para a prova, mas sabe o quanto é necessário?
Quando a parte psicológica e emocional é trabalhada, tomar atitudes e decisões no cotidiano se torna mais fácil, já que não são mais os sentimentos que controlam o dia.
Como desenvolvê-la? s6w1p

Visto que cada pessoa possui sua individualidade e suas experiências de vida, é difícil encontrar uma fórmula mágica para desenvolver a inteligência emocional.
Cada processo é único, já que seres humanos lidam de formas diferentes mesmo quando enfrentam uma situação idêntica. Entretanto, existem atitudes diárias que facilitam o processo.
O primeiro o é entender a importância da comunicação e encontrar alguém de confiança com quem possa conversar.
Sejam os pais, amigos, professores, ou os profissionais da psicologia, é essencial que haja um acolhimento e um espaço sem julgamentos, já que expressar pensamentos e sentimentos pode evitar que casos de psicopatologias se agravem.
“A interação social é um fator importante de proteção e, especialmente quando o humor está alterado, pode ser uma fonte importante de recuperação. Evitar o que chamamos de comportamentos internalizantes, voltar contra si seus pensamentos e emoções negativos. E conversar é uma boa forma de evitar isso”, explica Erikson.
O papel do ouvinte adulto é igualmente importante no processo de desenvolvimento da inteligência emocional, e deve seguir algumas condutas.
Para que o jovem se sinta compreendido, é preciso que suas vivências não sejam menosprezadas e que seja incentivado a reconhecer seus temperamentos.
“Essa partilha com um grupo de confiança também auxilia na elaboração de recursos para lidar de forma mais eficaz com essas emoções. Por isso, é crucial conversar com as pessoas”, defende o psicólogo.
Adquirir um estilo de vida saudável também é uma ação que detém uma grande função nesse processo. Estabelecer uma rotina com refeições equilibradas e noites de sono de qualidade e movimentar o corpo com atividades físicas também acrescentam no bem-estar e na harmonia entre o físico e o psicológico.
Atitudes positivas geram resultados 4xn67
Quando surge uma situação difícil, a primeira reação quase sempre é negativa. Entretanto, a maneira de lidar com esse pensamento pode impactar nas atitudes diante disto.
Reprimir as emoções também podem causar danos, mas eles podem ser analisados, e o pessimismo, substituído por aspectos positivos. O pensamento otimista não é um remédio que trará resultado imediato, já que há diversos motores externos que impactam na saúde mental.
Todavia, esse método é capaz de amenizar a intensidade dos conflitos. Essa área da psicologia também é conhecida como a Ciência da Felicidade, em que afirmam que a motivação e as experiências humanas positivas influenciam na qualidade de vida.