Entenda a privatização da gestão de escolas públicas do Paraná sancionada pelo governador 5v13k

O sindicato dos trabalhadores da educação protestou contra a privatização da gestão de escolas da rede estadual, que considera uma interferência indevida do mercado no ensino público 6g1h6r

O governador do Paraná, Ratinho Junior, sancionou na terça-feira (4) o projeto de lei que autoriza empresas a assumirem a istração em mais de 200 unidades escolares. A privatização da gestão de escolas públicas foi aprovada pelos deputados da Assembleia Legislativa.

Alunos em sala de aula de escolaO Governo do Estado pretende implementar o modelo em 204 escolas públicas do Paraná – Foto: Freepik/ND

A lei 22.006/2024 institui a partir de 2025 o programa Parceiro da Escola, cujo objetivo é otimizar a gestão istrativa e de infraestrutura das unidades.

O projeto parte da premissa de que uma istração eficaz resulta em um ensino melhor.

O programa começou em 2023 em esquema piloto no Colégio Estadual Anibal Kury e no Colégio Estadual Anita Canet, na região metropolitana de Curitiba.

Agora, o intuito do governo estadual é implementar o modelo em 204 escolas de 110 cidades, representando 10% da rede.

Manifestantes invadem Alep em protesto contra a privatização da gestão de escolas públicasManifestantes invadiram a Alep em protesto contra a privatização da gestão de escolas da rede estadual – Foto: Orlando Kissner/Alep/ND

A privatização da gestão de escolas da rede estadual do Paraná foi aprovada por 39 votos a 13 no plenário, em meio a protestos. A sessão teve que ser adiada para terça-feira após manifestantes invadirem a Assembleia Legislativa.

As empresas terceirizadas ficarão responsáveis pela gestão das escolas  selecionadas e de serviços terceirizados, como limpeza e segurança. No entanto, os professores, diretores e funcionários efetivos serão mantidos.

Escolas em comunidades indígenas, quilombolas, em ilhas ou cívico-militares não participarão do programa. Nas demais unidades, a instalação dependerá de consulta pública com a comunidade escolar.

Privatização da gestão de escolas públicas suscitou críticas 5p3a27

Manifestantes contra a privatização na AlepSindicato dos trabalhadores da educação fez greve contra o projeto de lei – Foto: Orlando Kissner/Alep/ND

Setores contrários ao projeto condenam a interferência de interesses privados no ensino público.

O APP-Sindicato, que representa trabalhadores da educação no Estado, cogita contestar o texto no Judiciário.

O sindicato questiona a rapidez com que o tema foi debatido e aprovado na Assembleia Legislativa.

O projeto começou a ser analisado na semana ada em 27 de maio e tramitou em regime de urgência.

Na segunda-feira (3), os professores e funcionários da rede estadual iniciaram uma greve em protesto contra a privatização da gestão de escolas. A paralisação foi encerrada, porém, após uma assembleia da categoria na quarta-feira (5).

Invasão da Alep por manifestantes contrários à privatização da gestão de escolasManifestantes foram recebidos com bombas de gás lacrimogêneo em invasão à Assembleia Legislativa  – Foto: Orlando Kissner/Alep/ND

A Procuradoria-Geral do Estado do Paraná pediu a prisão da professora e presidente do APP-Sindicato, Walkiria Olegário Mazeto, na terça-feira, por descumprir a ordem judicial que declarou a ilegalidade da greve.

Deputados da oposição tentaram barrar a tramitação do projeto de lei na terça-feira (4) com um pedido no Supremo Tribunal Federal, alegando a inconstitucionalidade e a falta de análise do impacto orçamentário.

Entidades ligadas à educação também divulgaram uma nota pública contra a privatização da gestão de escolas estaduais no Paraná:

“A privatização pela via da terceirização segmenta, segrega, produz desvantagem quando se pensa no conjunto da população que frequenta e trabalha na rede estatal aprofundando desigualdades já existentes”, criticam as 20 entidades.

Alunos de escola fundamental em sala de aulaEscolas indígenas, quilombolas e cívico-militares não participam do programa- Foto: Marcelo Martins/Reprodução ND

“Financiar desigualmente um conjunto de escolas que ficará sob a responsabilidade de um ‘plano de sucesso’ elaborado, coordenado e implementado pelo setor privado, cujos princípios se assentam no mercado, é considerar a educação como uma mercadoria qualquer que pode ser negociada e vendida”, denunciam.

O governo estadual defende, contudo, que a terceirização istrativa e financeira não interfere no projeto pedagógico.

Dessa forma, a privatização da gestão de escolas permitiria aos diretores se concentrar na qualidade do ensino.

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