Já se foi o tempo em que a lousa e o giz eram os principais aliados do aprendizado. Se por muito tempo o quadro foi o local em que professores e alunos trocavam informações, agora essa interação ocorre por diversas plataformas.

No CEM (Centro Educacional Municipal) Giovana Soares da Cunha, as turmas são a prova da união entre o digital e o conhecimento. Com as lousas digitais, os mais de 250 alunos do segundo ano aproveitam o novo instrumento para aprender, seja fazendo contas, ditados ou desenhos.
O material foi escolhido em parceria com a Associação de Pais e Professores (APP), que ficou responsável por compreender a demanda dos professores e pensar em sugestões.
“A gente vai procurar o que cabe no orçamento e que seja um material que dê para usar, que não seja mais do mesmo, que a gente possa fazer uma aula diferenciada para eles e ajudar as professoras nos recursos em sala de aula. É pesquisando e vendo a melhor alternativa”, comenta a professora Tatyane Aben Athar Vieira, que também é presidente da APP.
O foco é o segundo ano, mas quando as professoras e auxiliares dessas turmas não estão utilizando, a lousa pode ser compartilhada com os outros estudantes, e o uso em sala vai depender da criatividade e do objetivo.
“Já fiz ditado, fiz uma atividade que eles gostaram muito, que foi: ‘só podemos conversar através do tablet, não podemos abrir a boca’, então tudo o que eles queriam perguntar ou falar eles tinham que fazer escrevendo”, explica Tatyane.
“Aí você já aproveita para corrigir o erro de português, corrigir as palavrinhas soltas, as formações de frase e a criatividade deles na formação de texto”, completa.
Lousa além da sala de aula f105u

Além das interações em sala, existiu um outro momento que ficou marcado na memória, pelo menos para a professora Andréia Stefan. “Eu entreguei e eles disseram assim: ‘hoje foi o melhor dia da minha vida’”, conta a educadora. No caso de Tatyane, o sentimento é de dever cumprido. “Muito mais do que ver as professoras, é ver o olhar, eles dizendo: ‘professora, estou muito feliz. Eu adoro isso, que legal que a minha escola tem isso’”, expõe a presidente.
Além de cruzadinhas e caça-palavras, a novidade é um convite para a participação da família.
“Isso também leva a escola pra fora, porque os pais perguntam sobre as lousas. E aí a gente pode colocar o quanto é importante o dinheiro e a participação”, declara a diretora Adriana Stefan.