A cidade de Criciúma discute ganhos e perdas com a troca do Secretário de Estado da Educação, promovida pelo governador Carlos Moisés. Isso porque tanto o novo titular da cadeira como o seu antecessor são da cidade.

Natalino Uggioni, que deixou a pasta semana ada, mantém seus vínculos com a terra natal mas atua a mais de duas décadas fora dela e na área de Educação. Foi motivo de comemoração à Criciúma quando assumiu. O novo titular da pasta é político, reside na cidade e seu primeiro ato contemplou uma escola local com a proposta cívico militar.
Cardoso assume sob o ar da desconfiança do setor educacional, inclusive e principalmente na sua cidade. Sua posse é consequência de uma guinada que o governador Carlos Moises decide fazer depois de ter sido alvo de dois processos de impeachment, um deles relatado pelo seu novo secretário. Vampiro, como é mais conhecido, garante que a dinâmica da política supera possíveis interpretações que possam existir.
Natalino Uggioni deixa o cargo mas ganha lotação no Conselho Estadual de Educação, área que é a sua especialidade. Aos mais íntimos Natalino teria confessado surpresa por sequer ter sido convidado para a solenidade de posse. Quer dizer, não houve transmissão de cargo nos pomposos moldes dos cargos políticos.
Antes de mesmo de sentar à nova mesa o novo secretário determinou que o projeto de instalação de uma escola cívico militar ocorra em Criciúma. Escolheu a Escola Estadual Básica Joaquim Ramos, localizada em área central da cidade. A direção da escola e entidades locais de educação não conhecem o projeto, ainda.
Entre líderes de Criciúma pode haver dúvidas sobre o resultado que a troca significará para a Educação catarinense como um todo, mas há certeza de que o ingresso de um político na pasta fará com que as questões locais sejam muito bem atendidas.