O preço médio da gasolina comum cobrado nos postos de Florianópolis no final de abril é R$ 0,34 mais caro do que aquele registrado na primeira semana do mês, de acordo com as análises da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
Gasolina teve aumento durante abril, puxada principalmente pelo encarecimento do álcool anidro – Foto: Leo Munhoz/ND
Os manezinhos começaram o mês pagando em média R$ 5,45 pelo litro do combustível. Nos últimos dias de abril o valor saltou para R$ 5,79. As análises semanais apontam que, na segunda semana, o valor era de R$ 5,45, ando para R$ 5,81 na terceira.
Quando observado o valor da gasolina aditivada, a mudança é semelhante: em média, as bombas marcavam R$ 5,60 pelo litro no início do mês, ando para R$ 5,94 no final. O encarecimento da comum vai na contramão de combustíveis como o GLP, que ficou mais barato.
Dentre as variáveis responsáveis pelo encarecimento está o álcool anidro, componente que representa cerca de 27% da gasolina. A substância ficou 14% mais caro neste último mês, explica César Ferreira Júnior, secretário executivo do Sincombustíveis (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Litoral Catarinense e Região).
“O aumento é preocupante. Estamos num período de entressafra”, explica Ferreira Júnior. Em Florianópolis, a gasolina foi uma das vilãs da inflação em abril com inflação de cerca de 7,3% no mês, segundo os pesquisadores da Esag/Udesc.
Gasolina terá impacto do ICMS monofásico em junho 3j2hd
O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) tem mudança a partir de 1º de junho. O imposto será fixado em R$ 1,22 por litro – hoje está fixado em 17%. O percentual representa cerca de R$ 0,95 em imposto no litro da gasolina, segundo o governo do Estado.
O governo de Santa Catarina estima R$ 0,27 de aumento de imposto por litro. “Ratificado o acordo entre os Estados, o litro do combustível ará dos atuais R$ 5,64 para R$ 5,91 em SC”, destaca a pasta.
Ferreira Júnior considera o impacto ainda incerto pois o imposto percentual será substituído por um valor único. “Não dá pra falar se vai ficar mais caro ou barato. Atualmente é o governo quem define. É feita a média no Estado e, no dia primeiro e dia 15 de maio, é cobrado 17%”, ilustra.
