Suinocultura vive um dos piores momentos em SC, diz ACCS 3o686

Associação Catarinense de Criadores de Suínos analisa atual cenário sem perspectivas de lucro para o setor 411z10

Santa Catarina é o principal produtor e exportador de carne suína do Brasil, o Estado segue batendo recordes ampliando sua presença no mercado internacional. Mas o suinocultor atravessa um dos piores momentos dentro da atividade, segundo a ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), o alto custo de produção e a queda na remuneração paga pelo quilo do suíno vivo massacram qualquer perspectiva de lucro.

A suinocultura é uma atividade que exige muita atenção do produtor para ter um produto de excelência – Foto: Wenderson Araujo/NDA suinocultura é uma atividade que exige muita atenção do produtor para ter um produto de excelência – Foto: Wenderson Araujo/ND

“Infelizmente nós tivemos uma queda muito forte no mês de janeiro, como jamais foi vista na suinocultura. Se nós avaliarmos em 21 dias nós perdemos R$ 0,50 em quilo no preço base. O cenário realmente é desesperador para o produtor. Por um lado a remuneração está em baixa e por outro os insumos como milho e farelo de soja não param de subir. Sem contar ainda toda a linha de nutrição e farmácia, que tem aumentado muito porque tudo é baseado em dólar”, afirmou o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi.

A Associação diz que a tendência é que os custos se mantenham em elevação. Além da seca que está afetando a produção dos principais estados produtores de cereais, o Brasil está exportando um volume muito forte de grãos. O próprio produtor de grãos está sofrendo com o aumento de valor dos insumos e fertilizantes. “Nós não teremos um cenário tão positivo de preços que possam agregar na produção de proteína animal”, destacou Lorenzi.

Perspectivas 695m6s

A suinocultura é uma atividade que exige muita atenção e dedicação do produtor para ter um produto de excelência. “A gente sabe de todos os investimentos necessários dentro da granja, e em Santa Catarina que é o berço da suinocultura nacional, ainda temos muitas granjas antigas que precisam aplicar recursos em adequação para acompanhar o mercado”, disse.

E com todos esses impactos, o setor pretende olhar o cenário de forma realista. De acordo com a ACCS, vai ser preciso diminuir bastante a produção para poder ter uma expectativa mais positiva.

“O conselho que eu daria para os suinocultores é deixar na granja apenas metade do volume de leitões que nascem e descartar o resto. Só assim em seis meses teremos uma redução de plantel, controle da produção e melhora na remuneração. Não podemos proibir o crescimento da atividade porque o mercado é livre, mas podemos ter algum dispositivo que responsabilize quem cresceu e ocasionou a crise”, finalizou o presidente.

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