Quanto você precisa ganhar por mês para ser de classe média no Brasil 2z172q

Divisão considera a renda individual e não tem relação com indicadores de pobreza e desigualdades financeiras; país volta a ter maioria de classe média desde 2015 20i56

O ano de 2025 inicia com mais da metade da população fazendo parte da chamada classe média no Brasil, isto é, com renda mensal superior a R$ 3,4 mil mensais. A informação foi divulgada no início de janeiro e integra uma pesquisa realizada pela Tendências Consultoria, com base em dados colhidos no ano anterior. É a primeira vez, desde 2015, que o país apresenta esse tipo de crescimento.

Em 2023, Brasil registrou menor índice de pessoas vivendo na pobreza desde 2012 Em 2023, Brasil registrou menor índice de pessoas vivendo na pobreza desde 2012 – Foto: Pixabay/ND

Essa divisão social é utilizada para compreender o poder de compra dos indivíduos, o que difere de pesquisas sobre indicadores de renda, por exemplo.

No Brasil, os dados oficiais são coletados pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e apontam, periodicamente, os níveis de pobreza e de extrema pobreza da população brasileira.

Para economistas, desigualdade financeira e pobreza são quesitos diferentesPara economistas, desigualdade financeira e pobreza são quesitos diferentes – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Reprodução/ND

Quanto ganha a classe média no Brasil? 3uy1

Durante o ano de 2024, a economia do país voltou a crescer e mais da metade da população ou — ou voltou — a fazer parte da classe média no Brasil. Segundo estudo, 50,1% da população está entre as classes C e A, enquanto 49,9% da população está nas classes D e E.

O maior crescimento se deu na classe C, que representa 31% da população. A elevação ocorreu, principalmente, pela renda gerada pelo trabalho, que subiu 7,5% de maneira geral, durante o ano analisado. Especificamente, para a classe C, o crescimento deste item foi ainda maior, de 9,5% ao ano.

A classe média no Brasil engloba três grupos (A, B e C), com diferentes níveis de poder aquisitivo, a partir da renda gerada por cada indivíduo. Pode-se considerar que esse público tem renda suficiente para sobreviver e, ainda, investir em outros setores da economia, como turismo, varejo e outros de maior poder aquisitivo. Os demais, não têm a mesma condição.

Conforme a pesquisa da Tendências Consultoria, as rendas de indivíduos da classe média no Brasil são as seguintes:

  • Classe A: renda superior a R$ 25,2 mil;
  • Classe B: renda de R$ 8,1 mil até R$ 25,2 mil;
  • Classe C: renda de R$ 3,4 a R$ 8,1 mil;
  • Classe D e E: renda de até R$ 3,4 mil.
Trabalho impulsionou crescimento de renda para a classe média no BrasilTrabalho impulsionou crescimento de renda para a classe média no Brasil – Foto: Freepik/ND

Pobreza e desigualdades 6s3a15

O estudo feito pelo IBGE considera a chamada pobreza monetária, quando a família não tem rendimentos suficientes para prover o bem-estar. Para traçar limites, o IBGE utiliza o critério de renda do Banco Mundial, de US$ 2,15 por pessoa por dia (ou R$ 209 por mês) para a extrema pobreza e de US$ 6,85 diários, por pessoa, (ou R$ 665 por mês) para a pobreza.

“Um país pode ser extremamente desigual e não ter pobreza. Para isso, quem está embaixo [financeiramente] tem que ter uma renda suficiente para viver dignamente. O de cima pode concentrar muita renda, mas não haverá pobreza”, explica o doutor e professor sênior da FEA-USP (Faculdade de Economia, istração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo), Helio Zylberstajn.

O Brasil, por ser uma nação ainda em desenvolvimento, possui ambas as condições. Mesmo que a maioria da população faça parte da classe média no Brasil, 58,9 milhões de pessoas ainda vivem em situação de pobreza, enquanto 9,5 milhões estão na extrema pobreza. Este é o menor patamar registrado desde 2012.

Para o economista, reduzir a pobreza e a desigualdade no país depende de dois fatores: principalmente, do investimento em educação. “Está mais do que provado que há uma relação muito grande entre educação e renda. Enquanto a gente não tiver um sistema educacional muito bem, a gente vai continuar a ver pobreza”, completa Zylberstajn.

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