
Um projeto de lei que promete reformar o setor de energia elétrica brasileiro deve ser enviado ainda neste semestre ao Congresso Nacional. Segundo o ministro Alexandre Silveira, responsável pela pasta de Minas e Energia, há a intenção de aplicar isenção na conta de luz para beneficiados pela tarifa social que usem menos de 80 kWh por mês.
Outro ponto no projeto dará a liberdade para o consumidor escolher a origem da energia que irá consumir. O anúncio foi feito por Silveira em um evento no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (10).
Apesar do anúncio, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avisou que na área econômica não há estudos de viabilidade do anúncio feito por Silveira. “Não chegou ao conhecimento nem do Palácio e nem do ministro da Fazenda”, comentou Haddad.
Isenção na conta de luz pode beneficiar quem consome até 80 kWh por mês, segundo ministro de Minas e Energia 6m4d27

O ministro afirmou que a tarifa social deve ser ampliada. Atualmente, o programa oferece descontos para indígenas, quilombolas, idosos que recebem BPC (Benefício de Prestação Continuada) e famílias inscritas no CadÚnico (Cadastro Único) do governo federal com renda de até meio salário mínimo.
A isenção na conta de luz ocorreria para pessoas desses grupos que consumissem até 80 kWh por mês, podendo beneficiar até 60 milhões de brasileiros. Atualmente, só indígenas e quilombolas têm isenção total e apenas quando consomem até 50 kWh.
Silveira explicou que o consumo definido para isenção corresponde ao gasto mensal de uma família com “uma geladeira, um chuveiro elétrico, ferro de ar, carregador de celular, televisão, lâmpadas para seis cômodos”.

O ministro também destacou que a medida visa corrigir desigualdades. “O pobre paga mais que o rico para a segurança energética. Estamos reequilibrando essa questão”.
Outra inovação prevista no projeto é dar liberdade ao consumidor para escolher de onde virá a energia que consome. “O cara vai poder comprar energia como compra em Portugal ou na Espanha. Ele escolhe a fonte energética que quer comprar, pelo celular. Ele vai poder escolher a fonte, o preço e pagar da forma que quiser”, adintou Silveira.