O Hotel Majestic, um dos mais conceituados da hotelaria de Florianópolis, celebra nesta terça-feira (3) duas décadas de existência. Fundado em 2004, o empreendimento de cinco estrelas combina luxo, tradição e visão do futuro, refletindo um legado de gerações da família Daux, que há anos contribui para o desenvolvimento da capital catarinense. Os 20 anos foram marcados por desafios, superações e histórias que serão transmitidas por gerações.
Majestic completa 20 anos – Foto: Germano Rorato/NDTudo começou com um sonho, muito antes da sua inauguração. Em 1920, José Daux – bisavô do fundador e sócio majoritário, Ronaldo Daux – inspirado por uma viagem a Barcelona, na Espanha, vislumbrou a construção de um hotel à frente de seu tempo.
“Meu bisavô, ando por Barcelona, viu um hotel Majestic, que foi construído em 1915 e ficava em frente ao porto. Aí ele pensou: ‘Vou levar essa ideia para Florianópolis’. Até vou mencionar isso no discurso. Ele era um visionário ou era louco? Quem compara Barcelona, que era uma das maiores cidades da Europa naquela época, com Florianópolis, que era uma vila, sem nem a Ponte Hercílio Luz?”, relembrou Ronaldo. Na época, um hotel foi construído na Conselheiro Mafra com a Trajano, no Centro.
Duas gerações depois, José Carlos Daux, pai de Ronaldo, foi responsável por construir diversos hotéis e alavancar o turismo no Norte da Ilha, principalmente em Canasvieiras. “O nome dele está na 401, em função disso”, explicou Ronaldo. Acompanhado a essas ações, surgiu o desejo de um novo Majestic. “O lema do hotel é a ‘Herança de um sonho transformado em realidade’, porque o sonho não era meu, era do meu pai. Ele tinha o sonho de refazer o hotel e ou essa tarefa para mim, para eu executar, e consegui, graças a Deus”, disse.
E, em 3 de dezembro de 2004, no dia do aniversário de seu pai, após anos de planejamento e desafios, o Hotel Majestic foi finalmente concretizado por Ronaldo. Ele destacou que, já nos primeiros anos, o hotel se diferenciou por atrair grandes eventos, como o Congresso Nacional da OAB e o Congresso de Endocrinologia, colocando Florianópolis como destino para eventos de grande porte.
“Vem aquela velha pergunta: o que veio primeiro, o ovo ou a galinha? Se você me perguntasse há 20 anos, talvez a gente não tivesse pensado que Florianópolis precisaria de um hotel Majestic desse tamanho, com quase 300 unidades. Mas sempre acreditamos que sim. Eu me lembro que, no primeiro ano do Majestic, recebemos a visita de 13 eventos que estavam pensando em Florianópolis. Eles vieram para ver se a cidade tinha estrutura para recebê-los”, recordou Daux.
Futuro do Majestic 1vr15
Questionado sobre os próximos 20 anos, Ronaldo vê o futuro do Majestic como uma continuidade da herança familiar. “Minha missão é ar o bastão para meus filhos e netos, assim como meu pai fez comigo. […] Espero que o Majestic siga os os de ícones como o Copacabana Palace, mantendo-se relevante por muitas gerações.”
Desafios em meio à pandemia e visitantes ilustres 3t1d4x
Durante a pandemia da Covid-19, a direção do hotel tomou uma decisão corajosa ao optar por permanecer aberto, enquanto outros estabelecimentos fecharam temporariamente. “A pandemia nos ajudou a criar mais resistência. Fizemos mais com menos, reduzimos o número de funcionários, mas conseguimos produzir mais”, afirma Ronaldo Daux.
O hotel também se consolidou como destino de figuras importantes. O gerente comercial do Majestic, Angelo Toppan, que já celebra também 20 anos de casa, relembrou visitantes notáveis, como artistas, jogadores de futebol e políticos. Ele destaca, com orgulho, uma caricatura do Menino Maluquinho feita por Ziraldo. “O hotel foi construído e idealizado por um florianopolitano, e a gente ajudou nesse sucesso, nesse ícone da hotelaria, que perdura por todo esse tempo e vai continuar sendo uma referência para a cidade”, destacou Toppan.
