Dos engenhos de farinha ao polo tecnológico: como começou o empreendedorismo em Florianópolis 6s5m5s

Confira na reportagem do projeto Floripa 350 quem foram os primeiros empreendedores e como a Capital alia os engenhos e a tecnologia 5d3e3i

A Florianópolis de hoje ou por muitas transformações. Uma ilha, quase deserta lá em 1673, se transformou em um polo tecnológico e de empreendedorismo. Foram necessários pelo menos 100 anos, desde a fundação do município, para que a Ilha da Magia se desenvolvesse.

O repórter Alexandre Mendonça conta um pouco dessa história de empreendedorismo e inovação na reportagem do projeto Floripa 350.

Dos engenhos de farinha ao polo tecnológico: como começou o empreendedorismo na CapitalProfessor Neri dos Santos ressalta como o conhecimento mudou o empreendedorismo da Capital – Foto: Jéssica Schmidt/Especial para o ND

Durante muito tempo, algumas pessoas tentaram morar na Ilha, mas acabavam indo embora porque não haviam meios para viver na cidade, principalmente pela falta de estrutura e comida. Mas o cenário mudou.

Segundo o historiador Rodrigo Rosa, o empreendedorismo em Florianópolis teve início com Francisco Dias Velho, há 350 anos.

Historiador Rodrigo Rosa detalha como começou o empreendedorismo em Florianópolis – Foto: Jéssica Schmidt/Especial para o NDHistoriador Rodrigo Rosa detalha como começou o empreendedorismo em Florianópolis – Foto: Jéssica Schmidt/Especial para o ND

“Ele pede para ocupar a Ilha de Santa Catarina, que não estava ocupada efetivamente. Ele traz um grupo de pessoas com ele e constrói a Catedral Metropolitana, não essa que conhecemos hoje, e empreende aqui na Ilha”, conta.

A intenção de Dias Velho era ocupar a Ilha de Santa Catarina. O porto, a roça, atrair pessoas de outros lugares e o que fosse possível para desenvolver a cidade. Mas foi apenas em 1748 que o município começou realmente a se desenvolver, com a chegada dos açorianos.

Engenhos de farinha chegam à cidade 624oz

Rosa destaca que os açorianos trouxeram duas tecnologias importantes para a Ilha: as tecnologias dos engenhos e dos moinhos de vento.

“Os engenhos e os moinhos de vento são industriais, não é mais o artesanato puro, não é mais a produção manual. E a tecnologia do moinho de vento não prospera, mas os engenhos sim. Então, nós vamos ter centenas de engenhos de farinha espalhados pela Ilha de Santa Catarina”, afirma Rosa.

A farinha de mandioca se tornou o primeiro produto de exportação de Florianópolis. Uma série de fatores culminaram na valorização da farinha de mandioca e tornaram-na a primeira atividade econômica da Ilha.

Tradição ainda presente s3ol

No interior da Capital, é possível encontrar alguns engenhos de farinha que ainda funcionam e também quem deseja retomar essa forma de trabalho, como é o caso dos proprietários do Sítio Hortêncio, localizado no Sertão do Ribeirão, no Sul da Ilha.

Devalde de Souza é proprietário do Sítio Hortêncio e está iniciando a construção de um engenho de farinha – Foto: Jéssica Schmidt/Especial para o NDDevalde de Souza é proprietário do Sítio Hortêncio e está iniciando a construção de um engenho de farinha – Foto: Jéssica Schmidt/Especial para o ND

O sítio de Devalde de Souza está na família há 200 anos. Ele conta que a região já teve 17 engenhos de cana e 21 engenhos de farinha, além de resquícios de engenhos que podem ter existido há muito tempo.

A propriedade cultiva diversos produtos e acomoda animais para a produção de queijo, leite e ovos. Também possui estrutura de eventos, recebendo muitas pessoas no local.

O novo engenho que Souza quer construir já está em andamento. A filha, Karlota de Souza, revela que é um dos sonhos do pai. “Ele quer reviver o que ele foi criado no ado, que é fazer farinha”, declara.

Fortalecimento do empreendedorismo 6h4b6o

A chegada de outros imigrantes, como os alemães e italianos, fortaleceu o empreendedorismo na Capital. A família Hoepcke foi uma das pioneiras.

Em 1883, foi construída a primeira sede do Grupo Hoepcke, na rua Conselheiro Mafra esquina com a Deodoro, no Centro. O diretor do grupo, Guilherme Grillo, detalha que naquele tempo o grupo atuava na exportação e importação de ferragens e tecidos.

Guilherme Grillo conta como a família Hoepcke desenvolveu o empreendedorismo em Florianópolis – Foto: Jéssica Schmidt/Especial para o NDGuilherme Grillo conta como a família Hoepcke desenvolveu o empreendedorismo em Florianópolis – Foto: Jéssica Schmidt/Especial para o ND

“É uma empresa que tem 140 anos e tem que se reinventar. O Hoepcke já fez de tudo na vida e pouca gente sabe que Florianópolis nas décadas de 30, 40, 50 do século ado foi um polo industrial e ele teve uma grande participação”, relata Grillo.

Conhecimento e futuro do empreendedorismo 4e4o2a

De acordo com o professor Neri dos Santos, curador de inovação do projeto Floripa 350, o conhecimento foi determinante para que Florianópolis se tornasse um polo de empreendedorismo.

“O conhecimento é o fator de produção que mudou a nossa realidade, primeiro com os habitantes nativos, os índios carijós e depois com a chegada dos primeiros imigrantes portugueses. E na sequência nós vamos vendo o desenvolvimento da ciência e da tecnologia com a chegada da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) e das outras universidades, criando esse ambiente promotor de inovação”, ressalta.

Confira a história do empreendedorismo na capital catarinense na reportagem do Balanço Geral Florianópolis: 3n2z3g

Floripa 350 6j3f1m

O projeto Floripa 350 é uma iniciativa do Grupo ND em comemoração ao aniversário de 350 anos de Florianópolis. Ao longo de dez meses, reportagens especiais sobre a cultura, o desenvolvimento e personalidades da cidade serão publicadas e exibidas no jornal ND, no portal ND+ e na NDTV RecordTV.

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