O tradicional prato do brasileiro está mais caro. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicou que o arroz e o feijão estão entre os vilões da inflação de agosto.

O preço do arroz subiu 3,08% no mês ado e acumula alta de 19,25% no ano. O do feijão, dependendo do tipo e da região, já tem inflação acima dos 30%. O feijão preto acumula alta de 28,92% no ano e o feijão carioca, de 12,12%.
A cebola, muito utilizada no tempero dos pratos nacionais, foi o segundo alimento que mais teve alta nos preços no mês (50,40%). Para completar, o ovo, comum em muitas mesas das famílias brasileiras, aumentou 7,13% em 2020. E os preços das carnes registraram alta de 3,33%.
Mais demanda, preços mais altos 4n601z
A alta dos itens ocorreu em um período em que a demanda por alimentos cresceu em função da pandemia, mesmo com o aumento da produção, afirma o presidente da Acats (Associação Catarinense de Supermercados), Paulo Cesar Lopes.
“O plástico aumentou muito, e hoje em dia tudo é embalado. A cadeia é muito grande, e toda essa cadeia de produção sofre com os impactos da pandemia. É um [panorama] de livre mercado, segue lei de oferta e demanda, temos alta na procura, então os preços acabam subindo”, afirma o dirigente supermercadista.
Impacto no bolso do consumidor 6s6v50
Com o preço nas alturas, como manter o valor nutritivo dos pratos sem afetar o bolso?
Em geral, ando ou não por um período de aumento no preço dos alimentos, temos de dar mais atenção para os produtos da safra, orienta André Braz, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) do FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).
“Os itens da safra são mais baratos porque temos uma oferta maior. É fácil para identificar. O produto que estiver em várias bancas da feira e com o melhor preço é o da época”, diz André.
O economista também sugere que não é preciso abrir mão do produto que gosta por estar mais caro. “Se você tinha o hábito de comprar um quilo, compra meio. É uma forma de você fazer com que a oferta aumente e o preço caia.”
O que fortalece a inflação, frisa Braz, é comprar o produto em quantidade mesmo com o preço alto. “Ao deixar de consumir ou comprar menos, o preço vai caindo. Se o produto for perecível, então, o valor diminui ainda mais rápido.”
Opções mais em conta 1o614f
As nutricionistas Adriana Stavro e Camila Ricioli prepararam uma lista com itens que podem substituir o arroz, o feijão, a cebola e o ovo sem alterar o valor nutritivo do prato.
Dos quatro itens, o arroz é o que tem mais alternativas para trocar no cardápio:
• Abóbora
• Batata inglesa
• Batata-doce
• Cuscuz marroquino
• Cuscuz de milho
• Inhame
• Mandioca
• Mandioquinha (apesar de nem sempre estar mais barata)
• Quinoa
• Lentilha
• Ervilha
• Outros tipos de feijão: vermelho, branco, fradinho, de corda, etc
• Alho
• Alho-poró
• Cebolinha
• Louro
• Orégano
• Salsinha
• Queijo
• Sardinha
Quem não dispensa um pedaço de carne no cardápio, a solução é buscar cortes mais baratos. Duas opções são o acém e o músculo.

Arroz e feijão 6w3i6j
Camila diz que o arroz com feijão é um prato super nutritivo, principalmente se for um arroz integral, mas que podem ser substituídos. Ela ressalta que é importante inserir outros tipos de alimentos. Quanto mais variada for a alimentação, melhor.
“Temos as raízes como, por exemplo, mandioca e batata-doce, com tanta facilidade que seria uma ótima substituição”, diz Camila.
Adriana dá algumas dicas para incrementar o cardápio reduzindo o consumo do arroz com feijão:
• Abóbora assada
• Abobrinha recheada
• Carne assada com legumes
• Escondidinho de abóbora
• Macarrão com brócolis
• Sopa de ervilha.
Frutas, legumes e verduras d3em
Assim como Braz, Adriana sugere que o consumidor invista em frutas, legumes e verduras da época. “Além de serem mais frescas e saborosas, são mais baratas”. Setembro, segundo ela, é o mês para se comprar:
• Abacaxi
• Banana
• Caju
• Jabuticaba
• Maçã
• Mexerica
• Pera
• Tangerina
• Abóbora
• Abobrinha
• Cogumelo
• Ervilha
• Inhame
• Mandioca
• Pimentão
• Rabanete
• Alho-poró
• Almeirão
• Brócolis
• Chicória
• Couve
• Couve-flor
• Erva-doce
• Espinafre
• Louro
• Orégano.
A dica é reaproveitar e conservar 1q1d6u
A nutricionista Fernanda Quadras Martins deu algumas dicas de como conservar e reaproveitar os alimentos. Ela sugeriu lavar e embalar as frutas em plástico filme, como por exemplo, o talo do cacho de bananas.

Já os morangos, que estragam rápido, podem ser batidos no liquidificador e congelados em forminhas de gelo.
Os vegetais folhosos podem ser higienizados com uma colher de sopa de água sanitária para cada 500 ml de água. A dica é lavar e secar cada folha com um guardanapo ou toalha de papel. Em um recipiente de vidro, montar camadas da folha e do guardanapo. Em seguida, colocar o recipiente vedado na geladeira onde as folhas duram de 5 a 7 dias.
O frango também pode ser reaproveitado para fazer um caldo. A dica é simples: retirar todos os ossos e colocá-lo em uma a com água fervente por uma hora. O caldo natural pode ser armazenado em forminhas no refrigerador. Ele servirá como base para as refeições e pode ser temperado a gosto.
As cascas da batata, da maçã e da banana podem ser reaproveitadas como snacks crocantes. Temperadas com sal e azeite de oliva, no caso da casca da batata, e com canela, no caso das frutas. Armazenados em um pote de vidro, os aperitivos duram de 4 a 5 dias.
Óleo de soja 4862w
De acordo com Fernanda, o óleo de soja pode ser substituído pela banha de porco, que é mais saudável. Além disso, também é possível usar a tática das forminhas de gelo para aumentar a durabilidade e diminuir o consumo.
A nutricionista recomenda colocar um pouco de azeite de oliva ou o óleo de soja no fundo de uma forminha de gelo e temperar com pimenta, sal outra outra especiaria. Colocar mais um fio do óleo e guardar na geladeira.
“Quando for cozinhar, use só um quadradinho. Vai render muito. O óleo que você usaria em um mês, vai durar por 2 ou 3 meses”, diz Fernanda.
Variação de preços 2z4o64
Nesta semana, a cotação da variação dos preços da Ceasa (Centrais de Abastecimento de Santa Catarina) indicou que, entre os produtos em alta, destacam-se o alho nobre tipo 6 e 7, a banana caturra, o pepino japonês, a pimenta vermelha e o tomate.
A alta mais significativa foi do tomate, que subiu 74,7% entre janeiro e agosto deste ano. O segundo produto com maior reajuste foi o feijão, que subiu 66,7%. Outro produto da cesta básica com reajuste foi a batata inglesa comum, que registrou aumento de 20%.

Já entre os produtos em queda estão o limão comum grande, a melancia comum grande, o morango, o nabo e o repolho verde grande.
Com informações do Portal R7.