As funcionárias gestantes e puérperas de uma empresa de Itajaí agora têm a opção de estender a licença-maternidade, de quatro para oito meses. O acordo-coletivo foi assinado nesta semana, entre a empresa e o sindicato.

A princípio, nove colaboradoras serão beneficiadas. A Ana Paula Rocha, 34 anos, é uma delas. Ela tem um filho de um mês, Don Luca. De Itajaí, ela e outra colega serão as primeiras do Brasil a terem direito a oito meses de licença-maternidade.
Ana Paula é auxiliar de serviços-gerais e conta que, assim, poderá amamentar o bebê por mais tempo. “Podemos optar entre quatro ou oito meses e eu escolhi ficar mais tempo com meu bebê, pois não tenho parentes que poderiam me auxiliar nos cuidados iniciais, caso eu tivesse que retornar ao trabalho após quatro meses” disse.
Conforme o diretor da Minister, empresa que concedeu o benefício, Jorge Goetten, o salário que seria pago às mães durante quatro meses será diluído em oito meses. Ou seja, durante o período da licença, as funcionárias receberão metade do salário.
O processo teve o acompanhamento e aprovação do SINVAC (Sindicato dos Vigilantes, Asseio e Conservação de Itajaí). Para o presidente do sindicato, Adilson Grando, essa iniciativa vem para beneficiar as gestantes, que poderão cuidar mais tempo das crianças.
Atualmente a empresa conta com cerca de dois mil funcionários. Cerca de 70% destes são mulheres. Todas as gestantes e futuras gestantes terão direito ao benefício.

Projeto na Câmara dos Deputados 603u5p
Jorge Goetten também é suplente de deputado federal pelo PL-SC e propôs um projeto de lei para ampliar o período de licença-maternidade para oito meses.
Atualmente, o período previsto por lei é de quatro meses, com possibilidade de extensão por mais dois, caso a empresa faça parte do programa Empresa Cidadã.
O projeto já tramita desde 3 de dezembro de 2020 na Câmara dos Deputados e está na Mesa Diretora para deliberação em plenário.