Há um ano, Maria Luiza Munhoz recebeu uma oportunidade de trabalho imperdível: atuar com a reprodução de cavalos nos Emirados Árabes. Formada em veterinária e especialista em equinos, a moradora de Campo Alegre, no Norte catarinense, fez as malas e embarcou para uma nova experiência.
“Eu trabalho com biotecnologias da reprodução equina, tanto de fêmeas quanto de garanhões [cavalo macho]. Desenvolvo toda a parte de inseminação artificial, transferência de embriões, coleta de sêmen, manipulação espermática e congelamento de sêmen”, explica a veterinária de 31 anos.
Maria Luiza conta que a oportunidade surgiu quando um amigo, também médico veterinário e que já trabalhava fora do país, a indicou para a vaga.
Agora, a catarinense trabalha e mora em Ajman, localidade que fica a cerca de 30 a 40 minutos de Dubai. “O país lá é muito menor do que o Brasil, em questão de horas você consegue cruzar de uma extremidade a outra”, conta.
Adaptação z82f
Apesar das culturas diferentes, a adaptação não foi tão complicada. Segundo Maria Luiza, o importante é estar disposta. “O que eu senti mais diferença foi com relação ao clima, muito mais quente e úmido, mesmo assim se a gente está disposto a mudar, tudo fica mais fácil”, diz.
A catarinense não precisou realizar muitas mudanças de hábitos. A alimentação não ficou prejudicada, pois há grande diversidade de alimentos e mercados bons, conta.
Além disso, a população em geral é educada, comunicativa e respeitosa. “Eu não tive que mudar a maneira de me vestir, apenas um ajuste ou outro em algumas coisas por respeito à cultura deles”, aponta.
No dia a dia, Maria Luiza divide a rotina com outros colegas brasileiros que também trabalham na região, entre médicos veterinários e treinadores de cavalos.
Futuramente, a catarinense planeja voltar ao Brasil, mas para viver a aposentadoria. Por enquanto, quer continuar trabalhando fora do país e fazer carreira na profissão.