O Dia Mundial da Fotografia é celebrado nesta sexta-feira (19). O jornalista Sérgio Vignes, de 68 anos, contou ao ND+ que se encantou pela fotografia ainda criança. Um dos projetos do fotógrafo retrata as pessoas que frequentam o Centro de Florianópolis, cidade onde nasceu e mora atualmente.
O marido de uma prima de Vignes era dono de um estúdio, o Foto Brasil, localizado na rua Felipe Schmidt. “Brincava com as minhas primas no estúdio e acabei criando afinidade pela fotografia”, conta. Hoje, ele é proprietário do local.
Sérgio revela que é disléxico e descobriu na fotografia uma forma de se expressar sem dificuldades. A dislexia é um transtorno genético de aprendizagem que prejudica a leitura e a escrita.
O fotógrafo considera o retrato dos espaços e frequentadores do Centro da Capital catarinense um trabalho pessoal. Com um objetivo, mas sem fim.
“É uma brincadeira em que tento mostrar algo das pessoas e valorizá-las, independente de quem são ou podem vir a ser. Costumo dizer que o universo é efêmero, mas mesmo assim, todas as pessoas deixam rastro, seja ele qual for. Procuro buscar esse rastro na expressão”, explica.
Com mais de 40 anos de profissão, o repórter fotográfico acredita que a fotografia é documento e expressão.
“A minha gratificação é ver o sorriso da pessoa retratada. Se faço um retrato de uma pessoa e a deixo feliz, é como se eu conseguisse escrever uma frase com a fotografia”, finaliza.
Sobre o Dia da Fotografia 6m2523
No dia 19 de agosto de 1839, na França, foi anunciado o resultado das experimentações realizadas por Nicéphore Niépce e Louis Daguerre: o daguerreótipo.
O daguerreótipo era um dispositivo que fixava uma imagem em uma placa de cobre revestida com prata, expondo a placa a cristais de iodo. Como Niépce morreu em 1833, o nome foi dado em crédito à Daguerre.
No Brasil, também existe uma outra data para prestar homenagem aos amantes da fotografia, que é o dia 8 de janeiro, porque foi nesse dia, no ano de 1840, que a primeira câmera chegou ao país.