A virada do século também marcava a guinada na carreira de Reese Whiterspoon. Com apenas 24 anos, a atriz batizada pelo nome Laura Jean, nascida em Louisiana, nos Estados Unidos, tinha todos os holofotes de Hollywood apontados em sua direção.

A “queridinha da América”, como ficou conhecida, ganhou fama ao interpretar a protagonista Elle Woods, no filme “Legalmente Loira”, de julho de 2001. O clássico do diretor Robert Luketic trilhava finas camadas entre o arquétipo da personagem loira e patricinha.
Ela tinha tudo para seguir os estereótipos machistas da época, mas resolve virar o jogo provando como também pode ser inteligente o suficiente para entrar em Harvard – mesmo que seja apenas para ir atrás do cara que está afim.

Parte disso somente foi possível, é claro, por conta da atuação de Reese. Já naquela época a profissional esbanjava simpatia e dedicação como poucas de sua idade.
Esses foram, inclusive, os motivos que fizeram com que ela recebesse o Oscar de melhor atriz por sua interpretação em “Johnny & June”.
Entretanto, essa não foi a primeira produção a lhe proporcionar um prêmio pela sua conjectura em cena. Reese fez sua estreia em “O Homem da Lua”, no ano de 1990. Interessada desde cedo pelas telas, frequentou a faculdade de literatura inglesa, na Universidade de Standford, em 1994.
Já mais madura, Whiterspoon retornou às telonas em 1996, para trabalhar no longa-metragem “Medo”, que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Festival Sitges. De lá para cá, sua filmografia ou por altos e baixos, o que fez com que, após o ano de 2012, Reese mudasse de forma completa a sua carreira.
A derrocada de um sonho 314340
Em 2012, a carreira de Reese sofreu um baque inesperado. Com filmes como “Surpresas do Amor”, “Monstros vs. Alienígenas” e “Água para Elefantes”, a atriz perdeu seu prestígio entre os críticos.
A derrocada veio, de fato, em “Guerra É Guerra”, quando dois agentes da CIA descobrem que estão se envolvendo romanticamente com a mesma mulher, interpretada por Whiterspoon.
Ela chegou até mesmo a ser elencada em um artigo do The New York Times como ultraada, que já não era mais capaz de entregar grandes trabalhos como uma vez fazia.

Desmotivada com a situação, Reese decidiu erguer a cabeça e virar o jogo, mostrando que tudo o que ela tinha para oferecer ao público ainda não tinha terminado. Foi assim que ela decidiu fundar a Hello Sunshine, sua própria produtora de filmes e seriados televisivos.
Focada em mudar a forma como as mulheres são vistas na mídia, Reese se reergueu a partir de sua empresa, conquistando novamente uma carreira consolidada no ramo e outra nominação ao Oscar pelo filme “Livre”, de 2014.
A TV como virada 1a6ry
Para os que assistem sitcoms, devem lembrar da pequena Reese em “Friends”, interpretando ninguém menos do que Jill, a irmã mais nova e mimada de Rachel Green.

Aqueles foram os primeiros os dados pela atriz no ramo da televisão e, apesar de já terem se ado 20 anos, marcam época – e uma legião de fãs – até hoje.
Com o auxílio de sua produtora, ela foi capaz de novamente tomar as atenções para si ao participar – como atriz e produtora – da adaptação da série de livros “Big Little Lies”, ao lado de nomes renomados do cinema estadunidense, como Nicole Kidman, Laura Dern e Maryl Streep.
Mas é claro que ela não parou por aí. Recentemente, Whiterspoon foi nomeada como a segunda atriz mais bem paga da história da TV dos Estados Unidos pelo seu papel em The Morning Show, onde interpreta a repórter e âncora Bradley Jackson.

Em questão salarial, ela fica atrás apenas de Jeniffer Aniston, sua também colega de cena em The Morning Show. Segundo a própria atriz, ela recebe US$ 2 milhões (R$ 10,7 milhões) por cada episódio produzido. O valor mostra como Reese de fato deu uma guinada em sua carreira, indo contra as expectativas de todos os críticos cinematográficos.
Além de seus trabalhos nestas séries, a atriz contabiliza também indicações ao Emmy, a maior premiação das produções televisivas mundial. Com isso, Reese mostrou, aos 45 anos, que é um exemplo de superação feminina, deixando para traz os rótulos que a perseguiram e seguindo em frente com todas as suas forças, não se calando diante de um ainda audiovisual machista.
Um lugar bem longe daqui 6m692w
Em seu mais recente trabalho, Reese dirigiu o longa-metragem “Um Lugar Bem Longe Daqui”, que tem como foco a protagonista Kya, uma menina que cresceu e mora sozinha em um brejo da pequena cidade de Barkley Cove, após ser abandonada por toda sua família.
Diante da acusação de ter assassinado um residente local, Kya precisa agora provar que é inocente diante de uma população que sempre a rejeitou. O filme é baseado no livro homônimo de Delia Owens, e deve estrear ainda no segundo semestre de 2022 no Brasil.