Trabalhar como garçom de um restaurante não é uma tarefa fácil, mas pode ter muitos momentos divertidos. Há sempre vários atendimentos de clientes, a correria do dia a dia e, também, muitas histórias engraçadas e comoventes a serem compartilhadas.
É assim a vida de Maicon Duarte da Silva, de 35 anos, que trabalha há sete anos no restaurante Caravela, em Jurerê Internacional, em Florianópolis. Há 18 anos como garçom servindo as pessoas, ele compartilhou algumas histórias engraçadas, curiosas e também comoventes do cotidiano dele no atendimento aos clientes ao ND+.

“Vou chamar a polícia”: mulher disfarçava para não pagar 4a25m
O garçom conta que havia uma senhora, que vinha de Palhoça, na Grande Florianópolis, para frequentar o restaurante Caravela em 2019, antes da pandemia e, toda vez que tomava uma cerveja, ela entrava na água para disfarçar e ia embora sem pagar a conta.
Dessa forma, o garçom ou a observar o comportamento da senhora, que se repetiu em outras três oportunidades. Ela sempre dava a mesma “desculpa”, dizia que iria acertar o valor das três cervejas, no valor de R$ 33, da próxima vez.
No entanto, na quarta vez, o garçom a atendeu normalmente e, na parte da tarde, Maicon observou que a cliente carregava um isopor nas costas e sumiu das vistas dele. Foi quando ele percebeu que ela saiu correndo para pegar o ônibus sem pagar mais uma vez.
Ele, que estava no horário de almoço, saiu correndo atrás dela. Quando a mulher já estava no ônibus, ele invadiu o veículo e ameaçou que chamaria a polícia se ela não pagasse. Assim, com muito custo, a cliente acertou o pagamento pelas bebidas.
Valor muito errado 1z2t37
Em mais uma história antes da pandemia, quando o restaurante Caravela estava com um movimento legal, o garçom se atrapalhou ao cobrar uma conta de um cliente que ficou em R$ 1.120, mas ou no cartão apenas R$ 120.

Ao perceber o erro, Maicon saiu correndo e explicou a situação ao cliente que concordou em pagar o restante. No fim, além do valor total, o garçom ainda conseguiu o valor de uma cerveja.
Peixes na areia 354e6s
Já no primeiro fim de semana do primeiro lockdown, instituído em Florianópolis devido à pandemia, Maicon Silva conta que a praia de Jurerê Internacional estava lotada e ele estava atendendo vários turistas.
Em um desses casos, ele servia peixes aos turistas e, conforme trazia outras guarnições, percebeu que a refeição principal caiu na areia.
“Quando vi, os peixes estavam na areia”, relembra entre risadas.
Ao perceber os alimentos na areia, ele pediu desculpas aos clientes e disse que pediria para refazer o prato e que, por isso, iria demorar.
Comida às crianças 5g2h3d
Entre tantas histórias de correria que chegam a ser engraçadas, Maicon presenciou também uma situação comovente no restaurante do Bill, na Praia do Forte, em Florianópolis, outro local onde trabalhou.
Durante uma chuva de verão e um vendaval, o garçom viu uma família com cinco pessoas — um pai, uma mãe e três filhos —, pedirem abrigo para fugir do temporal.
O garçom conseguiu acomodar a família embaixo das tendas que davam o ao restaurante, que ainda estava em atendimento.
A família tinha apenas R$ 140 para pagar, o que, segundo o garçom, daria o valor de uma refeição para duas pessoas. Como os filhos estavam com muita fome, o pai pediu a ele se não poderia dar um pouco de comida aos filhos.
Assim, o garçom ficou comovido e explicou a situação direto ao proprietário do restaurante, que também se solidarizou com o gesto do pai em dar comida às crianças.
Dessa forma, Maicon Duarte serviu uma sequência de camarão, pirão, com salada, guarnições e ainda os protegeu do vendaval.