Conteúdo especial

Julho das Pretas reforça combate às desigualdades de gênero e raça em Florianópolis 2n1oa

Capital catarinense se une ao movimento nacional e oferece uma ampla programação que inclui debates, atividades culturais e enfrentamento ao racismo

Foto: DivulgaçãoFoto: Divulgação

Florianópolis participa neste ano, pela primeira vez, do movimento Julho das Pretas, uma iniciativa propositiva e de agenda conjunta entre poder público, organizações e movimento de mulheres negras do Brasil, voltada ao fortalecimento da ação coletiva e autônoma das mulheres negras nas diversas esferas da sociedade.

A ação surgiu no Brasil em 2013 e celebra o 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina Americana e Caribenha.

Todos os anos, o movimento aborda temas relevantes relacionados à superação das desigualdades de gênero e raça, colocando a pauta e agenda das mulheres negras em evidência. Na capital, uma ampla programação dedicada ao combate ao racismo, saúde e cultura da população negra é realizada durante todo o mês pela Prefeitura de Florianópolis, por meio da Assessoria de Políticas Públicas para Igualdade Racial e Combate à Intolerância Religiosa.

O objetivo, explica o município, é promover debates e reflexões por meio de rodas de conversa, palestras, mostras culturais e diversas atividades.

As atrações têm o apoio de diversas entidades, incluindo a Alesc (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Fundação Franklin Cascaes, Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte, Ministério Público, Associação de Educadores Negros de Santa Catarina, além de movimentos negros e sociais.

“É necessário que a prefeitura desenvolva, em parceria com diferentes entidades, uma programação para combater a discriminação racial, que ainda está presente em nossa sociedade, como observamos no infeliz caso de racismo contra o jogador do Avaí”, destaca o prefeito da Capital, Topázio Neto.

Inclusão em todos os espaços da sociedade x5w4d

Foto: Prefeitura de Florianópolis/DivulgaçãoFoto: Prefeitura de Florianópolis/Divulgação

A iniciativa busca promover a inclusão da mulher negra em espaços onde ela ainda está excluída, como em muitos setores do mercado de trabalho, na política e na formação e qualificação profissional, explica Cleuse Soares, assessora de Políticas Públicas para Igualdade Racial de Florianópolis e Combate à Intolerância Religiosa.

“Muita gente têm uma ideia errada de que a mulher negra não busca esses espaços. Muitas têm capacidade, formação, lutam muito por essas conquistas, mas ainda assim têm dificuldades de o a esses espaços, o que limita sua entrada no mercado. Precisamos ter um olhar muito criterioso não apenas para o recorte de gênero no Brasil, pois hoje percebemos muitos avanços da mulher em posições de poder, agora há a política nacional de equidade salarial entre homens e mulheres, mas nessas mudanças, estão incluídas as mulheres negras? ”, ressalta.

Ela lembra ainda a necessidade de se observar, neste debate, não apenas a falta de inclusão proposital, mas sim toda a estrutura social que limita as oportunidades para as mulheres negras. “Essa mulher negra e o feminismo que defendemos são voltados para a necessidade de olhar para além das conquistas já alcançadas pelas mulheres. Onde estão as mulheres negras nessa discussão"> var fontawesomeSvgBasepath = "/wp-content/themes/ricsc/css/lib/fontawesome-sprites/";