A cartilha informativa sobre a Lei Maria da Penha agora tem uma versão bilíngue para os povos originários. A iniciativa é uma parceria entre mulheres representantes dos povos Guarani, Kaingang e Xokleng, TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) e a Cevid (Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica). O documento foi lançado durante o 5° Acampamento Terra Livre Sul na última semana.

O objetivo da ação é poder garantir os direitos das mulheres indígenas através da informação. Foram entregues duas versões do material, em guarani-português e kaingang-português.
“Foi uma honra fazer a tradução da cartilha em língua guarani. Foi importante para mim realizar esse trabalho. É informação que vai orientar tanto os homens como as mulheres guarani para entender melhor como é a Lei Maria da Penha, e o que a gente precisa fazer quando está sofrendo violência”, explicou Mariza de Oliveira, tradutora da cartilha para a língua guarani.
A ideia para a produção do material informativo começou em 2021, durante uma reunião entre a Cevid e as lideranças indígenas, através do Cepin-SC (Conselho Estadual dos Povos Indígenas).
A cerimônia de lançamento da cartilha ocorreu durante o 5° Acampamento Terra Livre Sul, no Morro dos Cavalos, em Palhoça, reunindo representantes de povos indígenas dos 3 estados do sul do país.