Acorda, Prefeitura! Floripa quer respirar  4b5x3k

Na 2ª década do terceiro milênio, Floripa ainda aposta nos meses de dezembro e janeiro para alimentar-se na ilusão do turismo de dois meses

Floripa persiste nos mesmos equívocos históricos. A maioria de suas obras é tão temporária quanto o período consagrado ao turismo de verão. No mesmo dia em que o prefeito municipal estabelece um planejamento para os próximos dois meses de veranico, o Conselho de Desenvolvimento do Norte da Ilha faz uma manifestação para pedir a concessão do Centro de Convenções de Canasvieiras.

Tempo, Ponte Hercílio Luz, Sol, tempo, – Foto: Cassiano Psomas/Unsplash/NDTempo, Ponte Hercílio Luz, Sol, tempo, – Foto: Cassiano Psomas/Unsplash/ND

Mas, acredite, o governo, que ainda não explicou a razão dessa construção ineficiente, mandou fechar os portões, como se os manifestantes fossem depredar o suntuoso, porém frívolo, prédio. Aliás, o governo está pouco preocupado com a Capital. Depois de 10 anos, tapeia a conclusão da reforma da SC-401 – a 3ª via da subida do Cemitério sequer foi projetada – e o Governo se vangloria: Terminamos! (Floripa vive em permanente discrepância porque ainda não descobriu quem realmente a governa.)

Na 2ª década do terceiro milênio, Floripa ainda aposta nos meses de dezembro e janeiro para alimentar-se na ilusão do turismo de dois meses. A cidade continua movida por problemas circunstanciais, sem poder imaginar como será em 2030.

O ultraado modelo de coleta de lixo espalha sujeiras pelas ruas e barulho de caminhões acorda famílias na madrugada. Por que não enviar equipes técnicas em busca de um modelo mais avançado? Somos uma cidade privilegiada em áreas verdes, rios, lagos e lagoas e, no entanto, a carência de uma política ambiental ameaça a natureza.

Por que o rio do Brás e tantos outros não merecem soluções? Por que a prefeitura insiste em não deixar o rio do Brás respirar no mar? Nas ruas, ônibus param nos pontos intermediários, provocando romarias de carros por falta de refúgio; no entorno da praça XV, a prefeitura quer substituir os centenários paralelepípedos por pisos que não prendam sapatos altos e nem atrapalhem consumidores.

Como observa o dr. Glauco Olinger, ‘cada bloco de pedra é uma história’. Quando a cidade pensar nos seus cidadãos, independente de classe social, Floripa promete se tornar rapidamente uma referência. Pelo menos até 2030. Até lá, é essencial integrar soluções, para a cidade se vacinar contra as intercessões prejudiciais de políticas interesseiras.

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