Vocês viram a treta entre uma mãe e uma madrasta de Florianópolis que viralizou na internet? Pois é, estou aqui de novo trazendo mais casos tirados do ambiente virtual, mas que refletem totalmente a vida real, e envolvem a relação mães-madrastas-enteados. Não vou usar este espaço para analisar a treta, muito menos para taxar quem está certa e errada. Se você não viu, vai no aplicativo de vídeos curtos que com certeza vai achar.
Esse episódio me fez refletir sobre a relação madrasta x enteados e madrasta x mãe. Até porque vivo isso na pele, sou madrasta de dois garotos queridos e como um ser humano, diversas vezes eu erro querendo acertar.

A ideia é trazer pontos em prol de uma relação saudável entre famílias e, principalmente, com os filhos e enteados. As dicas valem também para padrastos. Compartilho conforme minha experiência vivida como madrasta, conversas com outras madrastas e mães na mesma situação, além de estudos e debates realizados por psicólogos e terapeutas familiares que acompanho e leio.
Sem exposição 42y1o
Não exponha os problemas da relação entre as famílias na internet. Lembre-se que há outras pessoas envolvidas, se for criança pior ainda. Elas não gostariam de ser expostas desta maneira. O mundo digital é caótico na maioria das vezes e as pessoas gostam de fofocas, ou seja, é a receita perfeita para que o relato saia do controle e e a ser comentado e julgado por pessoas aleatórias.
Sem falar na consequência jurídica de levar um processo nas costas por danos morais. Então, haja como uma pessoa adulta e resolva na conversa, se assim for possível.
Não julgue mães, madrastas e enteados 194x6t
Pode ser que a sua chave ainda não tenha virado, mas eu estou aqui para jogar a semente do “quanto mais mulheres unidas, melhor”. Julgar uma mulher, seja ela mãe ou madrasta, não vai fazer você se sentir melhor. Na verdade, vai nutrir os sentimentos ruins. A maioria dos julgamentos vem de achismos, é aquela máxima “você não sabe das batalhas do outro”.
Troque o julgar pelo ajudar. Se você sente ciúmes, inveja, pensa muito na ex/atual do marido, stalkeia, procure entender os motivos, de onde vem essas emoções e trabalhe dentro de si para viver sem essas sensações. Uma relação saudável entre mãe e madrasta é o melhor troco que mulheres podem dar em um mundo dedicado a alimentar rivalidades femininas.
Pertencimento 672c2h
Se tem uma coisa que eu aprendi e quero colocar mais em prática é o quanto as crianças precisam se sentir pertencentes. Quanto mais espaço construído para eles dentro da casa, mais à vontade ficarão. Então, se possível, ter o próprio quarto, decorar de acordo com o gosto, ter brinquedos próprios, separar espaço no armário para as roupas de cada um e por aí em diante.
São pequenas transformações que geram grandes satisfações. Dessa forma, fica até mais fácil dos filhos/enteados entenderem e aceitarem as regras da casa, por exemplo. E nada melhor do que aquela sensação de se sentir em casa, não é mesmo?!
Sem favoritismo 4g1r1q
Esse é um dos pontos que mais me fez refletir depois da treta viralizada. Sabe aquela história do filho preferido? Se não sabe é porque você é um deles. Brincadeiras à parte, o favoritismo é prejudicial para as relações. Quando o filho chega na casa do pai, por exemplo, e percebe que o meio-irmão ganhou um brinquedo novo, ganhou um pijama diferente, naturalmente ele vai se sentir para escanteio.
Se em uma ida ao shopping, só um deles ganhar um brinquedo novo, uma roupa nova, pode ter certeza que o outro vai ficar incomodado. Por isso, nessas horas em que estão reunidos, ou todos ganham ou nenhum. Para mim, esse é um dos pontos mais importantes porque favorecer somente um pode interferir de forma ruim no modo como os próprios irmãos se tratam.
O pai 3u5v41
Madrastas e mães, nem tudo estará ao alcance de vocês e nem precisa ser resolvido por vocês. Por isso, convoquem o pai! Coloquem ele a par da situação e deixe que ele faça o meio de campo. Já basta toda a sobrecarga materna e feminina que lidamos no dia a dia, então divida com o homem.
Existem mais dicas para melhorar a relação entre as famílias. Deixo essas para que você possa lembrar e colocar em prática de acordo com a sua realidade, me incluo nessa. Você pode também pesquisar mais na internet, há muitos estudos e análises sobre o assunto. Também ouvir podcasts que abordam essas relações. Dentre tudo isso, tenha em mente que todos saem ganhando quando há escuta, respeito e amor!