Pela primeira vez uma tartaruga-de-pente na praia do Mar Grosso foi resgatada com vida em Santa Catarina. O resgate foi em Laguna, no último domingo (31), realizado pela equipe do PMP/BS – Trecho 1 (Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos), após chamado feito por moradores da região.

Até o momento, a espécie só havia sido resgatada sem vida, nunca tendo resistido aos ferimentos, segundo a organização. Após o resgate, ela foi encaminhada à Unidade de Estabilização de Fauna Marinha, onde está recebendo tratamento veterinário profissional.
Segundo o médico veterinário Eduardo Macagnan, o animal está em estado crítico, está caquético, sem defecar e urinar, e apresenta baixa glicemia, mas não aparenta ter ferimentos.

A equipe veterinária e tratadores estão trabalhando para estabilizar a hidratação e os demais parâmetros clínicos.

As tartarugas-de-pente estão categorizadas como criticamente em perigo de extinção, além de serem considerada como a mais tropical de todas as tartarugas marinhas.
Por que é difícil encontrar essa espécie? k2r24
Segundo o gestor do Centro de Visitantes na Fundação Projeto Tamar Sul, Daniel Rogério, as cinco espécies de tartarugas marinhas que vivem no Brasil são encontradas no sul, mas com pouca frequência.
A tartaruga-de-pente desova no litoral norte da Bahia e de Sergipe, ou então no litoral sul do Rio Grande do Norte. Com isso, o habitat delas é próximo de recifes de corais e costões rochosos de águas rasas.
Elas preferem águas mais quentes, e por isso não descem tanto para o sul do país como a tartaruga-verde e a tartaruga-cabeçuda.
Daniel fala que nos últimos 10 anos, apenas 11 tartarugas-de-pente foram encontradas vivas no litoral catarinense, e levadas para o Projeto Tamar em Florianópolis, onde são reabilitadas e depois devolvidas à natureza.
E isso deve-se às condições de vida das tartarugas-de-pente, o que influencia em sua sobrevivência ou não na costa de Santa Catarina. Quando em seu habitat, podem viver até 50 anos, ou seja, meio século.