A tartaruga-verde encontrada no dia 24 de setembro em um canteiro próximo à Praça 15 de Novembro, no Centro de Florianópolis, pode ter sofrido desidratação antes de morrer. O animal foi encontrado pela Polícia Militar e levado ao Projeto Tamar, mas não sobreviveu. Duas semanas depois, o projeto se prepara para estudar os motivos da morte da tartaruga.

De acordo com o biólogo e gestor do Centro de Visitantes do Projeto Tamar, Daniel Rogério, quando uma tartaruga fica muito tempo fora da água – principalmente em um ambiente urbanizado – pode ter diversos problemas, como a desidratação, e levar à morte.
Essa é uma das hipóteses prováveis da causa da morte da tartaruga encontrada no Centro da Capital.
“Ocorrem diversos encalhes de animais vivos e mortos, mas geralmente nas praias, é muito raro aparecer um animal assim no centro da cidade, com certeza alguém a encontrou e levou até ali”, afirmou o biólogo.
Apesar de raro, Rogério comenta que isso já aconteceu outras vezes. Em 2017, uma tartaruga foi levada ao Projeto Tamar depois de ser encontrada em lago de praça em Criciúma. Na ocasião, o animal foi resgatado, mas ele também não sobreviveu.
Tartarugas em risco 585o1n
Na maior parte das vezes, os animais são encontrados em outras situações de risco, que geralmente acontecem por alguma interação com itens de pesca ou ingestão de lixo.
Rogério informa que ao receber tartarugas que interagiram com pesca, os animais costumam estar “mais gordinhos”, pois vem numa alimentação boa até serem atingidos pelos equipamentos utilizados na atividade.
Nessa logística de recebimento das tartarugas feridas, o biólogo afirma que o Projeto Tamar tem uma grande parceria com os pescadores, que geralmente os avisam quando algum animal é pego por suas redes.

Já na ingestão do lixo, o animal é recebido “mais magrinho” pelo projeto. Com isso, há uma série de protocolos a serem realizados para o tratamento e recuperação do animal.
Em caso de encontrar alguma tartaruga encalhada ou em situação parecida com a do vídeo, o Projeto Tamar recomenda que ligue para o telefone (48) 3236-2015 ou para o PMP (Projeto de Monitoramento de Praias), no 0800 642 3341.