Com as temperaturas quentes do verão, é mais comum encontrar animais peçonhentos, como cobras, fora de suas tocas. Elas podem estar em trilhas, nos cantos mais escondidos de pátios, embalagens de alimentos e até nos cômodos de casa. É aí que mora o perigo.

O operador de máquinas Sandro Biom Miranda já foi picado por uma cobra e sabe do susto que é. “Fui trabalhar com um banheiro químico e ela estava embaixo dele. Acabei pisando em cima dela. Sorte que eu estava junto com o meu irmão. Na hora, eu já logo senti o gosto do veneno na boca e a visão começou a ficar ruim. Foi onde eu fiquei mais nervoso. Por que eu vi que ele tava agarrada no meu pé ainda e eu tive que sacudir para ela sair”, lembrou ele.
Miranda teve apoio do Corpo do Bombeiros na ocorrência. Mas, existem algumas recomendações que podem ser seguidas em casos de picadas, conforme o Centro de Informação e Assistência Toxicológica.
Segundo a bióloga Taciana Seemann, “se for uma cobra peçonhenta, [a recomendação] é manter a calma, lavar o local da picada com água e sabão, não colocar nada sobre a picada, não fazer amarração e se dirigir para o hospital público mais próximo o mais breve possível”.
O alerta cresce ainda mais por conta das atividades de lazer no calor, como trilhas e caminhadas em mata fechada. No verão ado, de janeiro a março de 2021, foram registradas pelo menos 28 ocorrências com cobras e outros animais peçonhentos em Santa Catarina. Durante o ano todo o número foi ainda maior: 53 casos.
Espaços com bastante verde, natureza, pilhas de folhas e entulhos que podem se tornar áreas de risco por conta do aparecimento desses animais. A boa notícia é que existe uma série de cuidados que evitam e previnem acidentes.
“Em atividades de lazer ou atividades de trabalhadores rurais, sempre estar com sapato fechado ou abotinado ou usar perneiras, para evitar acidentes é bem importante. Ao encontrar uma serpente no seu terreno, no seu quintal, não tentar capturá-la, ligar para o serviço da Polícia Ambiental ou do Corpo de Bombeiros para que eles possam fazer a captura com segurança”, explicou Taciana.
Esse tipo de atitude diminui as chances de contato com os animais e a ida pro hospital, quando não há como evitar.
Taciana destacou que “o Centro de Informação e Assistência Toxicológica disponibiliza um telefone com ligação gratuita que é o 0800 643 5252, onde pode se ligar nos casos de dúvida se um animal que foi encontrado é peçonhento ou não ou até mesmo se ocorreu um acidente para pegar as primeiras orientações, saber onde que deve ser atendido e o que fazer nos primeiros momentos após a picada”.
Saiba mais na reportagem do Balanço Geral Florianópolis.