
Já ouviu falar em microverdes? A produção de mini hortaliças está crescendo e o método de produção é diferente do que estamos acostumados, o cultivo é feito através das fazendas urbanas ou fazendas verticais, que contam com um ambiente controlado, com luz, temperatura e umidade em perfeitas condições.
A fazenda urbana vertical é o futuro que já faz parte do presente dos catarinenses. É o tipo de produção agrícola capaz de aproveitar diferentes camadas de um mesmo espaço, em um ambiente fechado dentro da cidade – um modelo promissor, que não exige grandes áreas ou uma mão de obra expressiva.
Em uma sala comercial no Campeche, em Florianópolis, Laíla Ribeiro e Leonardo Correa decidiram embarcar na novidade. Ela é uma advogada antenada em temas ligados à saúde e ao meio ambiente e ele é um engenheiro apaixonado por tecnologia.

A ideia do modelo de cultivo foi apresentada a Laíla anos atrás, em uma aula de pós-graduação. Com poucos recursos para grandes galpões e investimentos, os dois decidiram apostar nos microverdes. Essas mini hortaliças, diferentemente de seus cultivos tradicionais, são pequenininhas, de rápido ciclo de crescimento.
Leonardo conta que hoje eles possuem mais de 17 espécies em cultivo e que cada uma tem um tempo de cultivo diferente – levando 10 dias em média. O rabanete, por exemplo, tem um cultivo muito rápido e em cinco dias está pronto para colher. Já o alho poró leva 14 dias e o brócolis 10.
Ele também revela que a ideia surgiu em abril de 2019, quando começaram a fazer pesquisas e testes. No fim daquele ano os dois conseguiram ter um primeiro protótipo de fazenda funcional e aproveitaram o ecossistema de Florianópolis, muito forte em inovação, indo para uma incubadora.
A empresa de tecnologia ligada a Acate ofereceu a eles apoio técnico e gerencial da startup que começava a nascer. O e ajudou a abrir um horizonte de possibilidades e encorajou a dupla apostar em novos formatos de gestão do negócio.

Distribuir as fazendas nos pontos de venda é tão inovador quanto a tecnologia do modo de produção dos microverdes, além de diminuir custos com aluguel de espaço combustível para entrega e tempo de deslocamento, serve como estratégia de marketing de um produto ainda desconhecido por muitos consumidores. E para os jovens empreendedores esse é só o começo.
“- Nosso próximo o é levar essa tecnologia para outras pessoas poderem produzir microverdes, para que pessoas comuns possam se tornar agricultores urbanos sem muito esforço. Estamos caminhando para nos tornarmos um licenciador de tecnologia de microverdes” – completa Laíla.
Fonte de vitaminas e minerais 4e6b3x

E o que os microverdes têm de pequenos, têm de extraordinários. Estudos comprovam que eles podem conter até 40 vezes mais vitaminas, minerais e antioxidantes do que os vegetais adultos – uma ferramenta a favor de quem precisa de um olhar mais cuidadoso com a saúde.
A nutricionista oncológica Ana Laura explica que quando as plantas são colhidas, logo no início de seu cultivo, elas terão uma ibilidade maior aos nutrientes e os microverdes auxiliam a agregar mais nutrientes na alimentação, facilitando também a adesão aos hábitos saudáveis.
Além de serem indispensáveis no sabor, na estética e na finalização de pratos, os microverdes se tornaram os “queridinhos” do mundo gastronômico, virando tendência na alimentação do mundo todo.
Se você nunca reparou nos microverdes nos supermercados, provavelmente já cruzou com eles em algum restaurante. Quando chega um prato bonito, feito com carinho pelo chefe, com cores bem distribuídas, sabores equilibrados e brotos delicados de verduras e legumes dando um toque final à obra-prima – eles são os microverdes.

E seu uso vai muito além da estética. Cada vez mais as pessoas estão buscando por uma alimentação que seja prática e que sacie facilmente. Os microverdes acabam sendo alimentos funcionais – são pequenos, com alta densidade nutricional -, uma ótima opção para sanduíches, para fazer sucos e saladas.
Depois de todas essas características, pense duas vezes antes de deixar os verdinhos de lado no prato, afinal, é muita saúde em alimentos tão bonitos e poderosos, para serem descartados.
Para saber mais sobre a produção de microverdes em Santa Catarina, aproveite e confira na íntegra o episódio do programa Agro, Saúde e Cooperação. O projeto, desenvolvido pelo Grupo ND, tem parceria com a Ocesc, Aurora, SindArroz Santa Catarina, Sicoob e Fecoagro.